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Rita da Nova

Ter | 26.05.20

Os livros da Rita // Harry Potter and the Order of the Phoenix, J. K. Rowling

Eu sei, eu sei, eu sei. Há muito tempo que não dava novidades do meu progresso na saga Harry Potter, mas a verdade é que estive uns meses sem avançar. Andei a ler outras coisas durante algum tempo e agora regressei para ler Harry Potter and the Order of the Phoenix. É o maior livro de todos e acompanha o quinto ano em Hogwarts, um ano de muitas mudanças e de crescimento para quase todas as personagens.

 

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Tenho a certeza que haverá pessoas como eu desse lado, pessoas que passaram ao lado do universo Harry Potter durante anos e, por respeito, vou tentar não deixar aqui spoilers. Mas uma coisa é certa: este foi o livro que mais me fez odiar a personagem principal, o próprio do Harry. Nunca foi o meu favorito e acho que é, provavelmente, o menos interessante de todos - gosto bem mais da Hermione, do Ron (de toda a família Weasley, na verdade), do Hagrid, da McGonnagall, do Dumbledore, do Snape, do Sirius… até do Voldemort! Todas estas personagens têm uma evolução bem mais notória e credível do que o miúdo da cicatriz.

 

Seja como for, gostei de muita coisa neste livro: do facto de se sair mais de Hogwarts e nos aproximarmos da vida política no mundo da magia, com o confronto entre Death Eaters e a Order of the Phoenix, da perspectiva do Snape relativamente ao que foi crescer naquela escola, do aparecimento da Luna Lovegood (adoro-a!) e do protagonismo que o Neville ganha. Acima de tudo, adorei que não tivesse capítulos exaustivos a descrever jogos e torneios de Quidditch porque, convenhamos, é uma tremenda seca e não acrescenta nada de novo - aliás, no quarto e no quinto volume, a J. K. Rowling arranja forma de afastar o Harry do campeonato e eu acredito que seja porque já não conseguia inventar mais descrições.

 

The mind is not a book, to be opened at will and examined at leisure. Thoughts are not etched on the inside of skulls, to be perused by an invader. The mind is a complex and many-layered thing.

 

Com Harry Potter and the Order of the Phoenix aconteceu-me uma coisa que só me tinha acontecido com o primeiro - fiquei cheia de vontade de pegar logo de seguida no próximo. Lá está, os livros estão a ficar mais adultos e a agarrar-me cada vez mais por isso. Mas controlei-me e avancei antes para a minha leitura de Junho d’Uma Dúzia de Livros e, quando terminar, logo regresso a Hogwarts.

 

No entanto, vi o filme logo de seguida para continuar no mood. Como em quase todas as adaptações de livros, achei que faltam ali detalhes importantíssimos para se perceber a história e a ligação entre acontecimentos. Quem só tiver visto os filmes não vai entender todo o meu desabafo acerca do Harry, parece-me sempre que nas adaptações fazem dele ainda mais armado em herói do que ele já tem tendência para ser.

 

Em resumo, estou a gostar cada vez mais desta aventura de ler Harry Potter em idade adulta. Se, por um lado, tenho pena de ter sido uma criança snob e ter rejeitado ler os livros nessa altura, por outro sei que agora tenho um discernimento e uma capacidade de análise muito diferentes - o que torna esta leitura muito melhor. Desse lado, o que me têm a dizer sobre este 5º volume? 

 

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Harry Potter and the Order of the Phoenix por J. K. Rowling

Avaliação: 8/10

Sex | 22.05.20

Uma Dúzia de Livros // Junho: um livro adaptado ao cinema ou televisão

Mesmo sendo 2020 um ano tão estranho, o tempo parece continuar a passar à velocidade da luz e, de repente, já estamos a preparar-nos para a sexta leitura d’Uma Dúzia de Livros! Não sei quanto a vocês, mas tenho gostado até mais dos temas deste ano, são um pouco mais fora do habitual. O de Junho, em particular, foi um daqueles em que tive mais dificuldade em escolher, mas não porque tinha pouca variedade cá em casa - exactamente pelo contrário.

 

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Mas comecemos pelo início: o tema do mês que se aproxima é um livro adaptado ao cinema ou televisão e, não sei se é de mim, ou cada vez mais vejo séries e filmes que foram inspirados em livros. E sim, na maioria das vezes sou da opinião que os livros são melhores com os filmes ou as séries. Ainda assim, tenho tido boas surpresas ultimamente - Big Little Lies (de que já falei aqui) e Normal People estão extramemente bem adaptados a televisão. 

 

Se estão ainda à procura do que ler em Junho, deixo-vos aqui algo que pode ajudar: um artigo da Stylist com as melhores 28 séries inspiradas em livros e uma lista Goodreads com todos os livros que inspiraram filmes - em ambas descobri alguns que não fazia ideia terem um livro como base! Eu já escolhi: vou ler Sharp Objects, da Gillian Flynn. Tenho a série pendente há imenso tempo porque quero ler o livro primeiro!

 

E vocês, já decidiram ou ainda vão fazer umas pesquisas?

Sex | 15.05.20

Parabéns, Coisa Boa!

Cá estás tu, pronto para abraçar mais um ano. Sei que este que passou e especialmente os últimos meses foram complicados, mais para ti do que para mim, na verdade. Sei o quanto precisas de ser do mundo, de andar por aí a fazer as pessoas rir. Espero ter conseguido mostrar-te, nestes dias, que sim - que tens a capacidade natural de fazer os outros rir (só não me peças para rir de trocadilhos parvos, que até o amor tem limites).

 

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Mas estar tanto tempo contigo ultimamente - como já não estávamos desde que começámos a namorar - fez-me perceber que essa não é a única capacidade natural que tens. Também tens um jeito muito próprio de cuidar daqueles que amas. Eu sempre o soube, mas parece que precisei de chegar a um cenário apocalíptico para realmente notar isso nos pequenos gestos do dia-a-dia. Nas laranjas que descascas por mim porque sabes que odeio ficar com o cheiro nas mãos. Em todas as vezes que me ajudaste a regar as plantas e partilhaste a felicidade de ver folhinhas novas a crescer. De todas as sextas-feiras em que foste comigo à associação, tratar dos gatinhos. Nos abraços que sabes que preciso ainda antes de eu pedir.

 

Desejo mesmo que este teu novo ano não seja como estes últimos meses, porque sei que o mundo também precisa um bocadinho de ti nele. Parabéns, Coisa Boa. ❤️

Qua | 13.05.20

MEG // Como é ser voluntária com gatos

Depois de um primeiro post que escrevi aqui quando me tornei voluntária no MEG (Movimento de Esterilização de Gatos) e de partilhas que fui fazendo no Instagram, algumas pessoas ficaram curiosas sobre a experiência de dar um bocadinho do meu tempo aos gatinhos da associação. Tanto que foi um dos temas mais pedidos quando andei a questionar o que gostariam de ver por cá. Pois bem, hoje venho então contar-vos como é estar rodeada de gatinhos e o que faço pelo MEG.

 

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Primeiro é importante que saibam que o MEG faz muitas coisas, pelo que acolher animais no abrigo é apenas uma delas. Essencialmente, o objectivo é controlar o aparecimento de ninhadas de rua e isso só se consegue através da esterilização. Embora eu nunca tenha participado nesse processo, sei que implica tentar capturar gatos, levá-los para serem esterilizados e depois tomar uma decisão: se forem completamente silvestres e estiverem saudáveis, são devolvidos às colónias onde vivem e onde serão certamente mais felizes - afinal, foi na rua que sempre estiveram. Se forem dóceis e com potencial de serem adoptados e/ou estiverem doentes, então são recolhidos.

 

É essencialmente neste ponto em que entro: todas as sextas-feiras vou até ao abrigo para tratar dos gatos que lá estão. Isso inclui limpar cocós (muitos!), dar-lhes comida e água, limpar as jaulas dos que têm que estar separados por algum motivo, dar medicações se necessário, limpar o espaço e, acima de tudo, ajudar a socializar os bichitos. Brincar com eles, tentar dar-lhes festas, tentar perceber a personalidade deles para ser mais fácil explicar como são na altura de serem adoptados.

 

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Fazer a escala às sextas-feiras é uma das coisas que me dá mais prazer no trabalho que faço com o MEG, uma vez que são algumas horas em que não estou a pensar em nada em concreto (nem trabalho, nem problemas, nada) e estou apenas a aproveitar o meu tempo para descontrair e estar com os gatinhos. Muitas vezes ponho uma musiquinha a tocar e, acreditem, os gatos também parecem gostar!

 

Para além disso, há outras coisas que os voluntários normalmente fazem, como participar em recolhas de bens essenciais (que vamos retomar quando pudermos sair à rua, não é?), levar gatos ao veterinário ou acolhê-los em FAT - família de acolhimento temporário. Aliás, foi assim que a Bagheera veio cá para casa e depois acabou por ficar.

 

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Acho que é isto! Espero que tenham gostado de saber um pouco mais e, confesso, tenho esperança que vos dê vontade de usarem um bocadinho do vosso tempo livre para fazer companhia a animais ou pessoas que precisem. Se não puderem, saibam que há sempre formas de ajudar, nomeadamente através de donativos em bens como comida, areia, materiais de limpeza (usam-se muitos rolos de cozinha!) ou resguardos.

 

Se quiserem ir conhecendo os gatos que temos para adopção, é acompanharem o MEG no Facebook e Instagram.

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