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Rita da Nova

Qui | 27.02.20

Uma Dúzia de Livros // Março: o livro favorito de alguém de que gostes

Março está quase a chegar e, com ele, chegam duas coisas que me entusiasmam muito: mais um tema d’Uma Dúzia de Livros e, finalmente, o primeiro encontro presencial deste ano! Mas vá, vamos por partes para não nos confundirmos.

 

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Depois de termos lido um livro do nosso autor favorito, nada como dar uma oportunidade aos livros favoritos de alguém de que gostamos. Bem sei que, por vezes, isso só dá espaço a desilusões - gostar de alguém não significa partilhar o mesmo gosto literário. Ainda assim, tenho a certeza de que vão conseguir encontrar aqui um meio termo interessante entre as vossas pessoas e os livros delas. Eu vou dar uma oportunidade ao Big Little Lies, da Liane Moriarty, um presente da minha Joana e um dos favoritos dela.

 

Mesmo que não fiquem fãs do livro favorito de alguém de que gostem, a parte boa é que depois podem vir explicar porquê no nosso primeiro encontro presencial de 2020! Como sabem, na edição d’Uma Dúzia de Livros deste ano decidi fazer encontros trimestrais para termos mais temas para falar. Para dar tempo de terem o livro de Março lido, vamos encontrar-nos no dia 4 de Abril, sábado, às 16h30, na esplanada do Jardim da Estrela (rezem para que esteja bom tempo e não o habitual “Abril, águas mil” 🤞).

 

Se querem vir ao encontro, mas ainda não fazem parte do grupo de WhatsApp onde vamos partilhando o que estamos a ler (e onde comunicamos mais facilmente alguma mudança na data ou local do encontro), basta enviarem um e-mail com o vosso número de telemóvel e eu adiciono-vos! Conto convosco? O que vão ler para o mês de Março?

Ter | 25.02.20

Os livros da Rita // Outline, Rachel Cusk

Uma novela em dez conversas, é assim que o livro Outlines, de Rachel Cusk, se descreve a si mesmo. É apenas o primeiro de três - que completam a trilogia com o nome deste primeiro livro. Algumas pessoas cuja opinião literária respeito muito já me tinham falado muito bem destas três novelas e, por isso, foram um dos presentes que pedi pelo Natal.

 

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Em Outlines conhecemos a protagonista, uma escritora que vai até Atenas para dar um curso de escrita. É neste cenário que se desenrolam as dez conversas que compõem o livro, desde que está no avião até que começa efectivamente a ensinar. Todos os capítulos se centram nas pessoas com que a personagem principal conversa, mas é também através da forma como conhecemos os outros que vamos formando as linhas (outlines) desta mulher que é o denominador comum entre todas.

 

What Ryan had learned from this is that your failures keep returning to you, while your successes are something you always have to convince yourself of.

 

Algumas são, obviamente, mais apelativas do que outras e, no geral, achei um livro muito fácil de ler. Apesar disso, ao início estranhei este formato de não haver propriamente uma história, mas sim uma narrativa que vamos descobrindo e pontos que vamos ligando através das várias conversas. No final, o balanço foi positivo e assim que terminei fui logo para o segundo volume - que, até agora, está a ser ainda melhor.

 

Recomendo àqueles que gostam de se surpreender com formas diferentes de contar histórias e que se interessam por temas como a escrita, as viagens e relações pessoais (aqui neste livro há um pouco de tudo). Gostei especialmente de ler algo da perspectiva de alguém que ensina escrita, já que tive uma experiência semelhante com os workshops de Escrita Criativa.

 

Já tinham ouvido falar desta autora e desta trilogia? Ficaram com vontade de ler?

 

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Outlines por Rachel Cusk

Avaliação: 7,5/10

Ter | 18.02.20

Os livros da Rita // A Morte do Comendador (I), Haruki Murakami

Depois de algum (bastante) tempo sem ler nada de Murakami, um dos meus autores favoritos, decidi dar uma oportunidade à sua mais recente obra - A Morte do Comendador -, que conta dois volumes. Falo-vos hoje apenas do primeiro livro, para o qual - confesso - me falhou muitas vezes a vontade de ler.

 

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A história é muito Murakami, uma vez que é de um realismo mágico quase imperceptível. O autor conta-nos como um retratista recém-divorciado se muda para uma casa do meio das montanhas, onde costumava morar um outro pintor. Lá, descobre um quadro que o deixa curioso (chamado “A Morte do Comendador”) e começa a ouvir um sino a tocar ao longe todas as noites à mesma hora. Tudo isto acontece enquanto é contratado para pintar o retrato de um vizinho, que é rico.

 

Acontecem outras coisas do mundo da fantasia e outras bem reais no meio do enredo, mas o que vos descrevi é suficiente para saberem o que esperar. Já vos falei muito de Murakami e sou sempre defensora da forma como mistura os dois mundos, mas neste caso não consegui mesmo ficar convencida. São 400 páginas em que a narrativa demora muito a desenrolar-se e é descritivo em coisas mundanas e óbvias.

 

Acredito também que a tradução seja um dos principais problemas deste livro, já de si recheado de algumas frases feitas que não fazem sentido na forma como Murakami costuma escrever. Frases tão portuguesas como “nunca te vi mais gordo” ou “vender o seu peixe” caem muito mal no estilo do autor.

 

Bem sei que tinha dito que iria ler o segundo volume, a propósito do tema de Fevereiro d’Uma Dúzia de Livros, mas não sei se vou conseguir sujeitar-me a mais um livro assim. Então, Murakami, o que se passa?

 

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A Morte do Comendador por Haruki Murakami

Avaliação: 5/10

Semelhante a: 1Q84, do mesmo autor. 

Qui | 06.02.20

Brunch // Chérie Paloma

Já estavam à espera de um post sobre brunch, certo? Parece que voltei mesmo a este ritual de fim-de-semana, sendo que procuro sempre sítios onde seja possível reservar mesa para evitar confusões. O Chérie Paloma, em Santos, é um deles. Para além de termos conseguido lugar de estacionamento na rua, pudemos marcar mesa pela Zomato.

 

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Para ser um brunch perfeito só precisava de mais um ingrediente: ter um menu um pouco diferente do que já estamos habituados a ver por aí. E não é que o Chérie Paloma cumpre? É um restaurante com comida de inspiração mexicana, logo seria de esperar um brunch com influências desta gastronomia. Há dois menus diferentes para atacarmos logo de manhã: o de pequeno-almoço e o brunch latino (18,5€).

 

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Optámos por este último, mais completo, que inclui Guacamole com Nachos de Milho, um prato de ovos ou burrito ou panquecas, chá ou café e uma bebida fresca (cocktails de brunch incluídos, yay!). O Guilherme pediu os Huevos a la Mexicana (ovos mexidos, tomate, cebola, jalapeño, batatas rústicas, feijão) e eu fui pela Tosta de Abacate (ovo escalfado, abacate, salsa verde, sementes de sésamo, folhas de espinafre). Para acompanhar, ele foi num Aperol Spritz e eu numa Mimosa.

 

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Não é o brunch mais barato de Lisboa tendo em conta o que inclui, mas a comida é realmente boa e o espaço convida a ir ficando a ler e a conversar. Já para não falar da simpatia do staff, por isso acho que estão reunidas as condições para vos recomendar que vão conhecer este sítio! Quem desse lado já tinha ouvido falar?

 

Chérie Paloma Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato

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