Não é preciso serem muito atentos para sabem que eu sou fã de Call Me By Your Name, tanto o filme como o livro de André Aciman. É uma das histórias mais bonitas com que alguma vez me cruzei e acho-a verdadeiramente relacionável. Por isso, conseguem imaginar a minha felicidade quando soube que o autor iria escrever um livro com a continuação de Oliver e Elio.
A questão é que Find Meacaba por ser muito mais sobre a história de várias personagens individualmente do que propriamente sobre o amor entre eles os dois. Está dividido em quatro capítulos e só no último, de 10 páginas, é que acontece realmente o que todos esperamos. A verdade é que é muito perigoso continuar uma história tão acarinhada pelas pessoas: nós, leitores, vamos criar expectativas desmedidas sobre o reencontro das personagens - imaginamos o que irão dizer uma à outra e vamos esperar conseguir pelo menos um bocadinho mais das sensações que o primeiro livro nos provocou.
The words we’d spoken were sufficiently vague for us not to know what the other meant or what we ourselves meant, yet we both immediately sensed, without knowing why, that we’d seized the other’s underlying meaning precisely because it wasn’t spoken.
“Aren’t those the absolute worst scenarios: the things that might have happened but never did and might still happen though we’ve given up hoping they could.”
Há uma coisa que não podemos negar: André Aciman escreve incrivelmente bem e consegue mesmo transportar-nos para Itália, Paris, Nova Iorque e, acima de tudo, para aquelas vidas que nós só conhecemos dos livros e do filme, mas que acarinhamos de forma muito especial. Se, por um lado, sinto que falhou em dar o encerramento que eu esperava, por outro acho que conseguiu expandir bem o universo Call Me By Your Name.
To walk back the compliment, I added, “It’s just that the magic of someone new never lasts long enough. We only want those we can’t have. It’s those we lost or who never knew we existed who leave their mark. The others barely echo.”
Desse lado, quem já leu esta sequela e quem está com vontade de pegar neste livro?
Ainda na saga de fim-de-semana, aquela de encontrar brunches bons em que não seja preciso estar à espera 3h na fila, demos por nós a conhecer o Dede’s no domingo. Este espacinho fica na Lapa e foi super fácil conseguir mesa - disseram-nos que não faziam reservas, mas para ligarmos 30 minutos antes de chegarmos para nos guardarem um cantinho.
Quando chegámos já tínhamos a nossa mesa à espera e vários sorrisos simpáticos para nos receber. Estivemos um tempo a espreitar a carta e percebemos que o melhor mesmo seria pedir o Dede’s Brunch - por 15€ traz um prato à escolha do menu de brunch, uma panna cotta de iogurte com granola ou pão de banana, sumo de laranja e chá ou café. Eu pedi a combinação Okonomiyaki (panqueca japonesa de ovo e legumes) com Pão de Banana. Já o Guilherme optou pelo Piri piri scramble (ovos mexidos, cogumelos salteados e queijo em pão da Gleba) com a Panna cotta de iogurte com granola.
Achei mesmo um espaço agradável, mesmo que estivesse com a afluência normal de domingo. Por não ser muito grande pode tornar-se barulhento em certos momentos, mas acreditem que a comida e a simpatia do staff compensa tudo! Fiquei cheia de vontade de ir provar mais alguns dos pratos de brunch.
Quem desse lado conhecia o Dede’s? Ficaram com vontade de lá ir? Quero saber tudo, vá!
Quase quase a chegar a Fevereiro, não poderia deixar de vir aqui falar-vos do tema que escolhi para o Uma Dúzia de Livros deste mês. Não sei se concordam comigo, mas acho que os temas deste ano são ainda mais abertos e nos dão mais possibilidades de brincar com as escolhas literárias. O objectivo deste clube e desafio de leitura sempre foi podermos ter liberdade para trazer novos livros e novas ideias - e acho que temos conseguido!
Nada como continuar este início de ano com um mood positivo e, por isso, em Fevereiro proponho que leiamos um livro do nosso autor favorito. Se forem como eu, é provável que não haja só um autor favorito, mas mais uma vez isso abre-nos caminhos diferentes! Como continua a ser um tema bastante pessoal, não vos consigo dar grandes recomendações de livros. Porém, fui procurar quais os livros favoritos de alguns autores famosos e encontrei esta lista, que pode ser uma boa inspiração! De Ernest Hemingway a J.K. Rowling, passando por Maya Angelou e Joan Didion, têm lá muitas sugestões!
Eu vou ler A Morte do Comendador (volumes I & II), as obras mais recentes de Haruki Murakami. Sei que não é um autor consensual, mas é definitivamente um dos meus favoritos. E vocês, que planos de leitura têm? Contem-me tudo!
Há meses que não fazia um brunch em Lisboa e este fim-de-semana, quando saí de casa para encontrar um sítio tranquilo para comer e ler, apercebi-me porquê. A não ser que os sítios aceitem marcação, é cada vez mais impossível conseguir mesa nos sítios que estão na berra e são mais recomendados. Fomos directos à zona do Príncipe Real e quase todos estavam cheios!
Depois lá nos lembrámos do Comoba, no Cais do Sodré, que abriu há algum tempo e estava na nossa lista de brunches para fazer na cidade. Ligámos a perguntar se valeria a pena irmos até lá e disseram que, apesar de não poderem fazer marcações, o espaço tinha mesas vagas à nossa espera. Assim foi! Receberam-nos com muita simpatia e tivemos logo lugar mal chegámos.
O espaço é amplo e minimalista, por isso sentei-me logo confortável a ler enquanto esperava pela comida. Eu pedi um Poached Egg on Toasted Sourdough, que estava muito bom - talvez o doce de tomate fosse só um bocadinho doce demais. Já o Guilherme pediu um Bica Breakfast Burrito com tudo o que tinha direito: ovos mexidos, feijões refeitos, abacate, batata doce assada, espinafre e puré de milho.
Para dividirmos, no final, pedimos as Matcha Pancakes - um dos pratos de assinatura do Comoba. Trazem bagas silvestres, creme de caju e xarope de ácer e são doces no ponto certo de não enjoarem, adorei!
Gostei mesmo muito da comida, da simpatia do staff e, acima de tudo, da facilidade de encontrar mesa! Juro que é das coisas que mais valorizo actualmente (e também uma das que me faz cada vez ter menos vontade de sair ao fim-de-semana para fazer brunch).
Conhecem mais sítios onde seja possível marcar ou onde seja fácil arranjar mesa? Contem-me essas pérolas todas nos comentários!
