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Rita da Nova

Sex | 22.11.19

Uma Dúzia de Livros // Dezembro: um livro natalício

Dezembro a chegar! Aliás, basta olhar lá para fora para perceber, não é? Com este mês vem, inevitavelmente, todo um mood natalício que eu nem sempre aprecio - confesso! Ainda assim, adoro aproveitar as horas antes da ceia de Natal para pôr a leitura em dia em frente à lareira.

 

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Estão a ver onde quero chegar, certo? Dezembro é sinónimo de Natal, o que quer dizer que o tema deste mês para o Uma Dúzia de Livros será um livro natalício. Por isso, comecem a preparar o espírito para escolherem a leitura que vos vai acompanhar durante esta época festiva! Como sempre, podem escolher o livro que quiserem, do género que quiserem… só tem que ter algo a ver com aquilo que o Natal significa para vocês.

 

Eu vou continuar na saga do Harry Potter e tentar adiantar ao máximo, até porque não há altura melhor para entrar num mundo cheio de magia. E vocês, já têm ideia do que vão ler?

Ter | 19.11.19

Restaurantes // Visconti

O Largo Rafael Bordalo Pinheiro, em pelo Chiado, tem um lugar muito especial no meu coração no que a restaurantes diz respeito. Tem o Café Royale (um dos meus favoritos de sempre), o Boa-Bao e, um pouco mais abaixo, o Vertigo. Só sítios bonitos, onde já passei mais tempo do que passo agora - com muita pena minha. Recentemente juntou-se mais um vizinho ao largo, o italiano Visconti.

 

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Confesso que não tinha dado pela abertura, mas quando surgiu a oportunidade de experimentar fiquei logo convencida pela decoração. Não é a típica decoração de restaurante italiano e isso é muito giro - só tive pena de conhecer à noite, quando as luzes baixam para tornar o ambiente mais confortável, o que não ajuda às fotografias. Seja como for, é um espaço mesmo bom para estes dias de frio e chuva.

 

E é claro que a comida italiana ajuda a trazer ainda mas conforto nesta altura. Ora vejamos: nós começámos com uma Focaccia, Azeite, Alecrim e com um Portobelo, Parmigiano Reggiano - ambos muito bons, mas eu fiquei assumidamente fã do cogumelo portobello.

 

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Depois disso, deram-nos a provar três pratos: uma Pizza Margherita com mozzarella de búfala, uma Carbonara e um Linguine Nero com tentáculos de polvo e legumes. A massa da pizza era muito boa, mas pareceu-me que o forte do Visconti está mesmo nas pastas, já que vinham ambas cozinhadas al dente e os sabores estavam todos lá.

 

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Terminámos a refeição com uma Panacotta com frutos vermelhos, provavelmente aquilo de que mais gostei de comer neste jantar no Visconti. Uma daquelas sobremesas que nos mostram que, às vezes, as melhores coisas são mesmo as mais simples. Recomendo muito que experimentem!

 

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Quem desse lado já conhecia o Visconti? E quem não conhecia, ficou com vontade de experimentar? Contem-me tudo nos comentários!

 

Visconti Chiado Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato

Ter | 12.11.19

Marrocos // Chefchaouen

Chefchaouen, a pérola azul de Marrocos, foi a nossa primeira paragem a sério na viagem. Voámos de Lisboa para Tânger e, de lá, apanhámos um autocarro para Chefchaouen - uma viagem que demora cerca de 3h e é bastante confortável. Chegámos à cidade um pouco depois da hora de almoço e foi o suficiente para explorar as ruas da Medina e os souks.

 

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Fomos directos à Place Outa el-Hammam, que é basicamente a principal praça da cidade. Nos poucos minutos que demorou o caminho até lá vi logo uma quantidade disparatada de gatos e percebi que, só por isso, já iria adorar a viagem. Tudo parece encaixar que nem uma luva em Chefchaouen: todos os edifícios caiados em diferentes tons de azul, os tapetes coloridos por toda a parte, gatos simpáticos em todos os cantos… a cidade tem um ambiente tão fixe que, honestamente, a única coisa que recomendo é andar pelas ruas estreitas e pelos souks.

 

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Para além disso, não podem perder a vista da encosta da cidade a partir da Praça de Espanha. É preciso subir um bocadinho, mas é uma visão incrível! Aparentemente é um local especialmente concorrido ao pôr-do-sol, marroquinos e turistas vão lá para ver a cor do dia a mudar e a alterar a paisagem.

 

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O que começou por ser um lanche leve no Cafe Clock rapidamente se estendeu para jantar, de tão agradável que é estar no terraço deste café/restaurante. Foi a nossa primeira refeição a sério em Marrocos, pelo que não puderam faltar as tagines e as saladas marroquinas.

 

Ainda tínhamos o dia seguinte quase completo em Chefchaouen, uma vez que o nosso autocarro para Fez era só às 18h. Por isso, decidimos ir conhecer as Cascatas de Akchour. Ficam a cerca de 40 minutos de carro da cidade e dizem ser tão bonitas quanto as Ouzoud, as mais conhecidas perto de Marraquexe. Apanhámos um Grand Táxi até Akchour, dividido com mais três pessoa. Lá, fizemos dois percursos de trekking: um em direcção à God’s Bridge (cerca de 1h30 ida e volta) e outro em direcção às cascatas (cerca de 1h ida e volta). A primeira é fisicamente mais exigente e a segunda tem uma paisagem mais bonita - de qualquer das formas, acho que ambas valem a pena.

 

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Fiquei super feliz de conseguir estar um bocadinho na natureza (não eram férias se não nos metêssemos no meio do mato, não é?). Como vos disse, partimos para Fez no final desse dia e, sobre isso, falar-vos-ei noutro post. Para já, contem-me: têm vontade de conhecer Chefchaouen? Confesso que foi a cidade de que mais gostei em Marrocos!

Seg | 11.11.19

Os livros da Rita // The Color Purple, Alice Walker

O The Color Purple da Alice Walker esteve na minha lista de livros a ler durante imensos anos, bem como o filme (que ficou pendente porque queria ter a experiência de leitura primeiro). Comprei-o na Strand Book Store na nossa maravilhosa ida a Nova Iorque, mas só agora decidi lê-lo a propósito do tema de Novembro d’Uma Dúzia de Livros - um livro colorido.

 

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Quem conhece a história saberá que não é a coisa mais colorida do mundo, mas o título remete-nos para tal e eu achei que era um bom pretexto para o ler, finalmente. Todo o livro é escrito em forma de cartas que a personagem principal, Celie, escreve a Deus e, posteriormente, à sua irmã Nettie - da qual foi separada muito cedo. Desde o início que percebemos que a Celie é vítima de abuso sexual por parte de quem acredita ser seu pai, engravidando dele, o que é uma forma bruta de começar a narrativa.

 

I think it pisses God off if you walk by the color purple in a field somewhere and don't notice it. People think pleasing God is all God cares about. But any fool living in the world can see it always trying to please us back.

 

A vida de Celie não fica mais fácil com o passar dos anos: depois de achar que o pai matou a filha deles, é obrigada a casar com um homem mais velho e a tomar conta dos filhos dele. Até que surge a personagem da Shug Avery, uma cantora de jazz e blues que muda a vida de toda a gente.

 

Não quero contar-vos muito mais sobre o enredo, mas quero dizer-vos que é um dos livros mais bonitos que já vi. Para isto contribui não só a escrita delicada da Alice Walker, mas sobretudo a capacidade que tem de falar de assuntos duros de uma forma crua e, ao mesmo tempo, poética. Quem me conhece bem sabe que eu tenho um fraquinho por histórias tristes e que, regra geral, consigo encontrar-lhes uma beleza muito própria; foi esse o caso deste livro.

 

Se ainda não leram, têm mesmo que adicionar à vossa lista! Eu quero ver se consigo ver o filme brevemente, para ver a forma como o Spielberg adaptou a história para o cinema. Quem já leu, o que achou?

 

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The Color Purple por Alice Walker

Avaliação: 8,5/10

Semelhante a: I Know Why the Caged Bird Sings, Maya Angelou e To Kill a Mockingbird, Harper Lee