Se as paredes da nossa casa nova falassem, diriam muita coisa. Mas, acima de tudo, diriam que estão a ficar cada vez mais preenchidas e repletas de boas memórias. Os quadros que tínhamos na casa antiga mal deram para uma divisão da casa nova e, à medida que o tempo passa, procuramos cada vez mais coisas que tenham significado ou uma estética que vá ao encontro do que procuramos para a nossa casinha.
Trazemos muita coisa de viagens: assim de cor, sei que temos quadros trazidos de Nova Iorque, da Patagónia e até do Porto. Sempre que vemos algo que possa relembrar-nos de coisas boas que vivemos, fazemos por trazer para decorar a casa. Ao mesmo tempo, somos fãs de mensagens irónicas e de coisas diferentes.
Foi por isso que me perdi completamente no site da Desenio, que eu já conhecia mas só agora explorei com atenção. Há dezenas e dezenas de prints de todos os géneros possíveis e imaginários: fotografia, ilustração, type. E há sobre qualquer tema que possam imaginar, com estilos diferentes. É uma perdição, mas eu consegui controlar-me e encomendei “apenas” alguns para preencher algumas partes da casa que ainda estavam meio despidas.
O que mais gosto na Desenio, para além da variedade de prints, é a possibilidade de comprarmos logo a moldura certa para cada um - ou seja, não precisamos de ainda ir a outro sítio para comprar molduras, é só esperar que chegue tudo a casa e pendurar!
O que acharam destas escolhas? Gostavam de ver em pormenor onde é que pendurei cada um? Qual escolheriam para a vossa casa? Contem-me tudo nos comentários!
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Este post foi criado em colaboração com a Desenio.
Uma das coisas que mais me entusiasmou na viagem a Marrocos foi a possibilidade de ir até ao Deserto do Sahara e - spoiler alert - a experiência não desiludiu. A parte mais complicada foi perceber como iríamos fazer esta passagem pelo deserto, uma vez que várias companhias têm ofertas diferentes e fica complicado saber exactamente qual a melhor hipótese.
Depois de alguma pesquisa encontrei finalmente as tours Sahara Desert Crew, que me pareceram as melhores. Escolhemos a tour de três dias, que nos levou de Fez a Marraquexe através do deserto. Optámos pela tour partilhada para ser mais barato, por isso fizemos todo o caminho com mais três pessoas e o nosso guia. Antes de vos contar exactamente o que fizemos em cada dia, é importante explicar-vos que a tour custou 250€ por pessoa com transportes, alojamento, pequenos-almoços e jantares incluídos.
Dia 1 // De Fez a Merzouga
A tour começou em Fez e a primeira paragem foi em Ifrane, uma cidade a que chamam “a Suíça de Marrocos” e onde é frequente nevar no Inverno! No caminho entre Ifrane e Errachidia, a nossa segunda paragem, parámos para ver uma série de macaquinhos à beira da estrada.
O melhor deste dia começou depois, quando passámos pelo Vale do Rio Ziz, que tem vistas lindíssimas de palmeiras em contraste com o castanho da paisagem. Chegámos a Merzouga no final do dia e esperava-nos uma viagem de 2h de camelo até chegarmos ao nosso acampamento no deserto. Andar de camelo foi mesmo a coisa de que mais me arrependi nesta viagem; é muito acto estúpido e desconfortável, não recomendo mesmo.
Já dormir no deserto é uma experiência completamente diferente. Adorei, mesmo! Não tenho palavras para descrever o céu à noite… foi provavelmente a coisa mais bonita que eu alguma vez vi na vida. As estrelas são tão vividas que quase parece ser possível tocar-lhes, é incrível!
Dia 2 // De Merzouga a Dadès
Acordámos de madrugada para conseguirmos ver o nascer-do-sol no deserto. Ao contrário do que esperava, não foi o nascer-do-sol mais bonito que já vi - e ficou muito aquém da paisagem nocturna do dia anterior.
O segundo dia desta tour teve como destino Dadès, onde dormimos, por isso saímos de Merzouga logo de manhã e conhecemos dois sítios que adorei: o Gorges du Todra e o Vale de Dadès.
Dia 3 // De Dadès a Marraquexe
Neste último dia, à medida que nos aproximávamos de Marraquexe, pudemos parar em vários locais interessantes: Ouarzazate para visitar o Museu do Cinema, Aït-Ben-Haddou para conhecer a cidade que já serviu de pano de fundo a filmes e séries (Indiana Jones, Gladiator e Game of Thrones, só para mencionar alguns) e ainda fomos parando várias vezes para observar vários pontos da cordilheira do Atlas.
Chegámos a Marraquexe ao final do dia, a tempo de deixar as coisas no Riad e ainda ir jantar fora. Prometo falar-vos sobre o último destino da viagem a Marrocos com mais calma. Para já, deixo-vos a recomendação de fazerem este percurso numa ida a este país - também disponível no sentido Marraquexe - Fez.
Ficaram com vontade de ir até ao deserto e conhecer estas paisagens todas? Contem-me tudo!
Chegámos a Fez já de noite e exaustos da viagem de autocarro - embora o caminho seja praticamente deserto e dê para observar bem as estrelas pela janela. Acordámos cedo e cheios de vontade de ir conhecer a cidade, mas o tempo trocou-nos as voltas e ficámos por um tempo no Riad à espera que parasse de chover. Não durou muito e lá fomos nós - não sem antes sermos avisados para não confiarmos em ninguém dentro da Medina.
Foi-me difícil gostar de Fez. Ou, pelo menos, tive dificuldade em andar relaxada nas ruas sinuosas da Medina. Disseram-me muito que esta cidade é muito mais autêntica que qualquer outra que visitei em Marrocos e, talvez por isso, eu tenha tido tanta dificuldade em dar-me bem naquela confusão de pessoas. Só tínhamos um dia completo para conhecer Fez, por isso andámos essencialmente a deambular (e a desviar-nos de pessoas).
Marrocos é, em geral, tão confuso, que muitas vezes precisávamos de entrar em museus ou em Medersas (pequenos pátios em edifícios privados) para respirar um bocadinho e ganhar energias. E uma coisa é certa: Fez tem Medersas lindíssimas, vale mesmo muito a pena entrar e aproveitar a arquitectura. Para além disso, uma visita às Tanneries é quase obrigatória, para percebermos todo o processo de preparação e tintura das peles. Pode ser complicado chegar lá e haverá sempre muitos marroquinos a querer levar-vos para ganhar algum dinheiro - mas pronto, é a vida por lá!
A única recomendação que tenho para vos dar é que parem para almoçar (ou só tomar qualquer coisa) no Café Fez. Foi mais um dos nossos safe spots para descansar do reboliço de Fez e aproveitar para almoçar com calma. A comida é boa, mas melhor do que isso só mesmo os jardins que circundam o restaurante.
Fez foi uma excelente preparação para o turbilhão de Marrocos, mas antes de lá chegarmos ainda teríamos três dias de natureza pela frente. No próximo post sobre Marrocos vou falar-vos sobre a nossa ida ao Deserto - a parte que mais gostei de toda a viagem! Até lá, digam-me: que impressões têm de Fez e que dúvidas ficaram por tirar?
Pode fazer-vos pouco sentido ir até aos Olivais ao fim-de-semana para fazer um brunch, mas isso é porque ainda não descobriram o Frutas Café. Confesso que cada vez tenho menos paciência para ir aos sítios da moda - estão sempre cheios, são caros e na maioria das vezes não aceitam reservas. O que deveria ser um momento de descompressão ao fim-de-semana rapidamente se torna num pico de stress por estar 1h numa fila.
O Frutas Café é um dois-em-um: é uma mercearia com fruta e legumes frescos, mas é também um espaço com refeições ligeiras (tostas, saladas, taças de iogurtes) e com um novo menu de brunch disponível ao domingo. Foi precisamente isso que experimentei no fim-de-semana passado e tive a sensação de ter regressado aos tempos em que fazer brunch ainda não era muito comum.
Isto porque o menu serve duas pessoas e custa apenas 15€. Inclui: um cesto de pães e croissant, iogurte com granola, uma taça de fruta, um prato com queijo e enchidos, compota, mel e manteiga, ovos mexidos e abacate. Para além disso, temos direito a um sumo de laranja natural e uma bebida quente. As doses são mais do que suficientes para duas pessoas e todas as frutas vêm da frutaria que podemos observar enquanto comemos (os sumos de laranja são espremidos no momento e as frutas cortadas na hora).
Vão por mim, que eu não duro sempre: da próxima vez que vos apetecer um brunch de domingo, ponham-se antes a caminho dos Olivais para conhecer o Frutas Café, em vez de fazer fila! Quem desse lado já conhecia este espaço?