F-É-R-I-A-S, finalmente! Este ano acabei por não tirar dias de férias no Verão e, com a mudança de trabalho, os planos para a grande viagem no início do ano que vem (como já é apanágio) também fica mais ou menos comprometida. Então arranjámos um meio-termo interessante de adiar as férias e fazer uma viagem um pouco mais curta.
Marrocos nunca tinha estado propriamente a lista dos destinos que mais queremos conhecer, mas quanto mais pesquisava sobre o país, mais vontade tinha em descobri-lo. Parece ter um pouco de tudo aquilo de que gostamos: boa comida, uma cultura diferente e natureza. Os planos são: chegar por Tânger, passar por Chefchaouen, Fez e ir pelo deserto até Marraquexe, onde terminamos a viagem.
Temos cerca de uma semana e, embora tenhamos o itinerário definido, ainda não sabemos ao certo o que fazer em cada sítio, por isso é deixarem as vossas sugestões de coisas a ver, fazer e comer. Podem ir acompanhando a viagem através do Instagram (vamos deixar tudo em #guieritaemmarrocos). Até já! 👋
As outras pessoas: “Que seca, chegou a chuva e o frio!”
Eu: “SOFÁ, MANTAS E LIVROS!”
Tenho a certeza que haverá mais pessoas como eu aí desse lado - por norma, quem gosta de livros procura sempre uma desculpa para se aninhar a ler. E é isso mesmo que Novembro nos vai proporcionar de certeza: fins-de-semana confortáveis com maratonas de leitura, acompanhadas de uma bebida quente e umas mantinhas.
Para além disso, sendo Novembro um mês tão cinzentão, por que não dar-lhe alguma vida? É por isso mesmo que o tema d’Uma Dúzia de Livros é um livrocolorido. Podem dar largas à imaginação e procurar as cores onde vos apetecer: no título, nas capas, nas personagens, no enredo… o que interessa é que consigam dar um bocadinho de cor ao vosso mês de Novembro.
Eu vou finalmente ler o The Color Purple, da Alice Walker. Bem sei que não é propriamente a história mais feliz e animada, mas eu tenho um fraquinho por livros mais dramáticos. E vocês, já têm ideias de leituras para este tema?
The White Tiger não foi o primeiro livro que li do autor Aravind Adiga. Há uns sete anos li O Último Homem na Torre e lembro-me de ter gostado muito da premissa e da forma como a história se desenrola. No ano passado, a minha Rititi trouxe-me o The White Tiger do seu país de origem, a Índia, e percebi que tinha sido a novela de estreia do escritor. Guardei-o para ler em Outubro, uma vez que o tema d’Uma Dúzia de Livros era “um livro com animais”.
Sendo que, neste caso, o Tigre Branco não é um animal - apenas a alcunha dada à personagem principal, Balram Halwai, que é também o narrador. Nas culturas asiáticas, este felino é um símbolo raro de poder e, aos poucos, vamos percebendo como é que a personagem principal consegue ascender de uma das castas mais desfavorecidas até se tornar num empreendedor. Não sem ter que fazer coisas condenáveis, como matar um homem.
Here’s a strange fact: murder a man, and you feel responsible for his life - possessive, even. You know more about him than his father or mother; they knew his foetus, but you know his corpse.
A história ganha uma profundidade diferente por ser contada na primeira pessoa, nas palavras de um homem que sabe ter errado, mas que também admite ser essa a sua única opção. Talvez quem tenha ido à Índia consiga relacionar-se um pouco mais com as coisas que descreve, mas independentemente disso é também uma forma de compreender a organização social da Índia e algumas das suas contradições.
Quem desse lado já leu este livro ou alguma coisa de Aravind Adiga?
Fim-de-semana. Londres. Poucos planos, mas acabou por acontecer muita coisa. Se me acompanharam pelo Instagram podem ter visto algumas Instagram Stories, mas nada como reforçar aquilo que fez com que este fim-de-semana tivesse todos os ingredientes que fazem de mim uma miúda feliz.
Primeiro, só o acto de viajar em si (mesmo que seja para um destino onde já fui imensas vezes, uma delas este ano). Londres é um escape de cultura e vida, onde sabe sempre bem ir de vez em quando - sobretudo quando já se viu todas as coisas turísticas e se consegue mesmo estar nas calmas a aproveitar a cidade.
Depois, obviamente, toda a boa comida que me apareceu à frente. Entre outros sítios, é de destacar o The Frogde Hoxton (doughnuts de queijo, gente!) e o brunch indiano do Hankies (naan de queijo e trufa!). Não dá para comer mal em Londres.
E, por fim, toda a panóplia de coisas que dá para fazer só num fim-de-semana: neste em particular fomos ao Portobello Market, vimos a peça Noises Off (incrível!) e ainda deu para conhecer a lindíssima Daunt Books - e, sim, comprar livros mesmo depois de ter prometido a mim mesma que não o faria.
Ainda regresso a Londres no final deste ano, por isso estou a aceitar recomendações de coisas para fazer na cidade! Aqui 👇