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Rita da Nova

Qui | 04.07.19

Restaurantes // Mangia Mangia

O Oeiras Parque é, possivelmente, o centro comercial que mais visito - fica perto da casa da minha Avó e quase todos os fins-de-semana vamos lá ao supermercado. Nalgumas das vezes acabamos por almoçar por lá e há uns meses que o foodcourt está completamente renovado, com restaurantes diferentes do que costumamos encontrar num espaço destes.

 

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O Mangia Mangia, um restaurante do mesmo grupo da Pizzeria Zero Zero, abriu muito recentemente e acabei por ir experimentar no fim-de-semana passado. Uma das coisas que me chamou logo à atenção foi o facto de ter uma sala com mesas resguardadas do foodcourt, como se de um mini restaurante se tratasse. Gosto muito deste formato, uma vez que nos permite estar longe da confusão.

 

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Ainda assim, tudo tem que se pedir ao balcão e pagar previamente, e só depois somos encaminhados para uma mesa (mas não há problema se quisermos acrescentar coisas ao pedido). As pizzas são o elemento central do Mangia Mangia, mas nós contrariámos e pedimos outros pratos, começando com uma Bruschetta de Legumes Grelhados que foi, possivelmente, a melhor coisa que comemos neste almoço.

 

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O Guilherme foi num Tagliatelle de Salmão Fumado, a minha Avó pediu um Risotto de Camarão e eu escolhi o Risotto de Cogumelos. Os dois primeiros estavam bons, já o meu risotto - embora cozinhado no ponto certo - pecava por falta de tempero (sabia pouco a queijo e estava um pouco insosso). Também não nos podemos esquecer que o restaurante só estava aberto há dois dias quando o visitámos, por isso há espaço para melhorar.

 

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Seja como for, o Mangia Mangia pareceu-me uma excelente alternativa à comida habitual das zonas de refeição dos centros comerciais e fiquei com curiosidade de experimentar as pizzas - afinal, sendo do grupo da Zero Zero, tem todas as condições para servi-las bem! Desse lado, alguém já tinha dado pela abertura deste restaurante? Contem-me tudo!

 

Mangia Mangia Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato

Qua | 03.07.19

Palavras Cruzadas // O fim

Quando propus que o último Palavras Cruzadas fosse sobre o fim, não estava a espera que fosse falar de algo mais do que o último post desta rubrica que durou à volta de 40 semanas. Não estava à espera que a vida me trouxesse um fim doloroso sobre o qual falar. Por isso, hoje, vou fazer o que sempre fiz com o Palavras Cruzadas - usar este cantinho para escrever as coisas que estão aqui dentro à espera para serem transformadas em algo que possa passar aos outros.

 

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Deixem-me falar-vos sobre o Zé. O Zé foi o meu primeiro grande amigo e companheiro de escola, do 7º ao 12º ano. Só não foi mais cedo porque nos dois primeiros anos do ensino básico eu fui parar à turma da tarde, por sinal a mais problemática da escola. Mas a partir daí a lógica era sempre a mesma: sentávamo-nos na terceira fila de mesas a contar da esquerda, na segunda carteira a contar do quadro. Éramos bons alunos, mas queríamos deixar bem explícito que não éramos nerds.

 

Eu ficava sempre sentada do lado esquerdo e ele do direito, mas passado uns anos acabámos por trocar porque ele era canhoto e dava-lhe mais jeito. Uma vez fui expulsa da aula de História (sim, eu!) porque ele estava a imitar a professora ao meu ouvido enquanto eu lia em voz alta - e eu não aguentei o riso. Ele tinha um humor muito parecido com o meu - sarcástico e incisivo - e tinha a sorte (ou a mestria?) de nunca ser apanhado a gozar com os professores.

 

Haveria outras coisas a contar. Ele ofereceu-me o meu primeiro baton, possivelmente a antecipar aquilo que seria algo essencial na minha vida anos mais tarde. Convidava-me sempre para almoçar quando a mãe dele fazia ovas cozidas - e nós, criancinhas snobs que éramos, dizíamos adorar. Estávamos sempre juntos nos trabalhos de grupo - feitos tarde dentro, com mais disparate do que empenho.

 

Haveria outras coisas a contar, mas todas elas iriam dizer o mesmo: que o Zé foi a primeira pessoa que conheci com a capacidade de ser incrivelmente fixe e inteligente ao mesmo tempo. Ele sabia tão bem o que era que não precisava de diminuir a sua capacidade mental para que os outros gostassem dele. Ele tinha bem claro, dentro dele, qual o caminho que queria percorrer e foi sempre, sempre em frente. Encontrei-me com ele uns anos mais tarde, por acaso, mas ele continuava igual. E mesmo que eu não o tenha visto mais desde então, eu sei que dificilmente mudou - dificilmente pôs de lado as coisas em que acreditava e deixou de lutar por elas.

 

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Este é o 40º post da rubrica Palavras Cruzadas, criada em parceria com o P.A., mas vocês também estão mais do que à vontade para pegar nos temas e escrever sobre eles. Chega hoje ao fim esta primeira temporada, mas quem sabe novas ideias não regressam futuramente. O que gostavam de ver por aqui, dentro deste tipo de dinâmicas?

Ter | 02.07.19

Restaurantes // Capim Limão

Capim Limão é a expressão brasileira para Erva-Príncipe e é também um restaurante novo ali na zona de Picoas. E se pelo nome poderia parecer que estamos perante um restaurante de comida brasileira, quando entramos percebemos que é essencialmente um restaurante que apela às formas naturais de dar sabor à comida e à felicidade de comer comida bem feita.

 

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A ligação à natureza vê-se desde logo pela decoração do espaço: cores claras, apontamentos de verde e muitas plantas. A loiça é de cerâmica imperfeita e de cores pastel - tudo junto cria um ambiente familiar e descontraído, para pausarmos durante uns instantes a agitação do dia (que é tão característica desta zona de Lisboa).

 

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Para além disso, começar a refeição com um couvert com Pão da Gleba, azeite e flor de sal é logo sinal de que quem está à frente do restaurante sabe o que é comer. Não há, para mim, pão melhor no mundo do que este feito com trigo Barbela. E enquanto eu desfrutava da simplicidade desta entrada, o Guilherme pediu uma Burrata, tomates confiados e pinhões para dar início às hostilidades. Eu comi um bocadinho e estava deliciosa - bem temperada e fresca, tudo o que se quer em dias quentes.

 

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Um dos propósitos do Capim Limão é servir comida de conforto, criada para transmitir felicidade a quem a come. Com isto em mente, nada melhor do que pedir um Risotto de mozzarella de búfala, tomate cereja e manjericão. O arroz estava cozinhado na perfeição e estava bem aromatizado com pimenta, mas eu senti falta de ter um pouco de mozzarella por cima, para dar um toque mais fresco.

 

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Já o Guilherme, optou por uma das opções mais saudáveis da carta (sim, também existem): o Frango, quinoa, legumes grelhados, chutney de tomate e pimenta-caiena. É claro que ainda tirou umas garfadas ao meu risotto, porque depois de me ter enchido de pão não consegui terminar.

 

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Mesmo sem sobremesa, é possível terminar uma refeição no Capim Limão de forma doce. Como? Quando pedimos um café, trazem-nos uma colherzinha com brigadeiro. Adorei a ideia - é perfeito para quem não aguenta uma sobremesa inteira, mas gosta de algo doce com o café.

 

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Gostei muito de conhecer este restaurante e de saber que têm um espaço no andar de baixo para eventos - quem sabe não penso em fazer o meu aniversário por lá? Por agora fica a vontade de regressar à noite (abre para jantares às quintas, sextas e sábados) para poder aproveitar melhor e com mais tempo. Conhecer sítios novos ao almoço é óptimo por causa da luz, mas muito chato por causa do trabalho que a tarde reserva.

 

Quem desse lado já conhecia o Capim Limão? Ficaram com água na boca?

 

Capim Limão Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato

Seg | 01.07.19

Verbo para o mês // Julho

Junho foi-se num ápice. Não sei se foi da instabilidade do tempo, se da Feira do Livro, mas senti que passou a correr. Também não foi um mês fácil: o trabalho e outros reality checks um pouco mais pessoais abanaram um pouco o meu barco emocional - e eu que consigo ser tão estável. Mas bom, o saldo é positivo (mais que não seja ao nível das aprendizagens e do crescimento a que me obrigou).

 

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Entro em Julho com vontade de aproveitar o Verão ao máximo, pese embora as férias propriamente ditas só cheguem em Setembro com um fim-de-semana prolongado na Madeira e em Outubro (já estamos a planear uma viagem, mas depois logo vos falo nisso). Posto isto, não é difícil adivinhar o verbo escolhido para este mês, pois não?

 

ve·ra·ne·ar 

verbo intransitivo

Passar a estação do Verão em.

 

Passar o Verão entre as praias da região de Lisboa, algumas piscinas, alguns parques, o NOS Alive e, quem sabe, uma visita-relâmpago a Londres. No fundo, passar o Verão onde for possível e ir aproveitando para espairecer quando a rotina baixar a guarda. Aproveitar melhor as pequeninas coisas: os almoços em esplanadas, o pôr-do-sol tardio, os caracóis e cervejas de fim de tarde.

 

Não tenho muitas mais coisas para vos contar sobre a minha agenda deste mês: é ir andando e ir vendo o que tem para me oferecer. E vocês, como será desse lado? Quero saber tudo!

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