É só de mim ou os livros escritos na primeira pessoa têm a capacidade de nos fazer criar ligações muito mais fortes com as personagens que nos contam as suas histórias? Mesmo que não estejamos a falar de autobiografias, é uma forma de termos acesso à bagagem emocional do narrador. Ao mesmo tempo, acabamos por ficar tendencialmente do lado dessa personagem em momentos de conflito - mesmo que faça coisas más ou reprováveis.
Por isso, em Agosto - o mês de Verão em que supostamente temos mais tempo para ler - proponho lermos livros escritos na primeira pessoa. Como sempre, têm total liberdade para escolher o livro que quiserem dentro deste tema. Desde autobiografias a ficção, passando por outros tipos de não-ficção, a única coisa que interessa é que seja uma história contada na primeira pessoa.
Inicialmente tinha pensado em ler o Gather Together in My Name da Maya Angelou, para continuar a história iniciada em I Know Why the Caged Bird Sings, mas depois o Raparigas Como Nós da Helena Magalhães veio cá ter a casa de uma forma muito feliz e acho que vai passar à frente. Depois, quando vos falar do livro, conto-vos como é que ele chegou às minhas mãos.
E desse lado, já têm escolhas de livros? Quero saber tudo!
À primeira vista, o frango assado pode ser uma alternativa rápida e fácil de refeição, mas quando começamos a debruçar-nos sobre a questão percebemos que não é bem assim. Primeiro, porque toda a gente tem um frango de churrasco favorito - o da rua, o que há ao pé da casa dos pais, os da Avenida da Igreja. E a história não se fica por aqui: mesmo que se concorde sobre que frango comprar, começa toda uma outra discussão sobre que parte do frango cada um deve comer (e God forbid que toda a gente que está à mesa goste de pernas!).
Esta conversa surgiu precisamente à mesa do Bairrista, um restaurante de frango assado no Lumiar que vem pôr fim a estas discussões. Eu já vos explico porquê, primeiro quero falar-vos um pouco deste espaço que nada tem a ver com as churrasqueiras de bairro a que estamos habituados. Quando entramos não há fumo nem cheira a comida, mas há janelas amplas e várias mesas onde podemos sentar-nos a comer.
E é precisamente quando nos sentamos e olhamos para o menu que as surpresas começam a acontecer. No Bairrista há muitas opções para além do típico combo frango assado com batata frita. Para além do frango de churrasco há uma série de pratos com frango que podem ser pedidos como entrada e foi isso que nós fizemos. Experimentámos o Frango à Passarinho, o Frango Vinagrete e tivemos direito a experimentar um outro com azeite e vinagre que ainda não está na carta.
Depois disso - e embalados pelas entradas - decidimos atacar o frango. O Guilherme, como não é esquisito e adora frango assado, pediu Meio Frango e uma Salada Alentejana para acompanhar. Já eu, como só gosto mesmo das pernas e coxas, foi mesmo isso que pedi: uma Coxa de Frango e Batatas Doces Fritas com maionese de alho para acompanhar. Para além dos acompanhamentos óptimos, adorámos o facto de o frango ser mesmo bom e suculento.
Outra coisa que adorei no Bairrista foi a variedade de molhos que se pode pedir para acompanhar o frango. Para além do clássico, há um de alho, um picante, um de pimenta e um bairrista (com tangerina) - os dois últimos foram os meus favoritos! A única coisa de que sentimos falta (e por “sentimos” leiam “O Guilherme sentiu e pediu para eu colocar aqui no post”) foi de haver a opção de acompanhar o frango com esparregado.
Já a terminar a refeição, não resistimos a pedir uma fatia de Pavlova de Chocolate e Frutos Vermelhos para dividir - muito fresquinha e boa para terminar esta primeira experiência no Bairrista.
Se continuarem a preferir comer frango de churrasco no conforto do lar, não se preocupem! Todos os pratos do Bairrista podem ser pedidos para casa, sendo que fazem entregas num raio de 3km, tanto através do site ou app do restaurante, como do Glovo e da UberEats. Nesta opção de take-away fica garantido que não se usam embalagens de plástico ou alumínio, por isso não ficam de consciência pesada por escolherem pedir para casa.
Com a casa nova, tenho a sorte de estar abrangida neste raio de entregas, por isso de certeza que o Bairrista vai ouvir falar de mim mais vezes! Fãs de frango assado, há por aí? Já conheciam este restaurante?
Há alguns tempos, quando ia almoçar com a minha Avó para os lados de Oeiras aos fins-de-semana, acabávamos invariavelmente sempre nos mesmos sítios. Acho que já experimentámos todos e mais alguns, por isso ficamos sempre contentes quando abre um restaurante novo perto de casa dela. No outro dia, nas minhas pesquisas pela Zomato, dei com o Focus - um italiano que fica entre a Praia de Santo Amaro e o Jardim de Oeiras.
O espaço é muito engraçado, dividido entre uma sala interior e uma varanda fechada com uma vista privilegiada lá para fora. Foi aí que ficámos, claro, já que estava um dia bonito e uma luz especialmente boa para fotografar (guilty!). Para além deste ambiente, o almoço foi acompanhado por um staff super simpático e preocupado. Foram especialmente atenciosos com a minha Avó e encontraram forma de ela estar sentada confortavelmente durante todo o almoço.
A carta não é muito extensa, mas tem algumas coisas diferentes do típico restaurante italiano a que estamos habituados (sobretudo naquela zona). Claro que tivemos que começar com a Focaccia porque vinha acompanhada de manteiga trufada e ricotta da casa. Confesso que não adorei a textura da focaccia, mas os restantes elementos do couvert compensaram por serem tão diferentes do habitual.
Quando encontrei este restaurante - e bastante antes de lá ir - decidi logo o que gostava de comer numa ida lá: o Gnocchi Trufado, feito com nozes e acompanhado com molho de trufa gratinado. É um prato reconfortante, se calhar mais indicado para dias mais frios, mas mesmo assim muito bem conseguido do ponto-de-vista dos sabores. Para além disso, o gnocchi é feito com nozes, algo que nunca tinha provado!
Fã de polvo, a minha Avó escolheu logo o Risotto de Limão, que traz um tentáculo de polvo ao forno. Provei um bocadinho e estava bastante bom, uma vez que o limão equilibra bem com o sabor forte do polvo. Já o Guilherme optou por experimentar as pizzas e escolheu a de Salmone Affumicato - segundo ele boa, mas não extraordinária.
Não conseguimos ir às sobremesas, mas de certeza que ficará para uma próxima. Gostei da proposta de pratos do Focus, já que nos traz combinações diferentes e novas formas de trazer os sabores tipicamente italianos para a mesa. Acredito que com o tempo os pratos sejam aprimorados, por isso é ir acompanhando! Alguém desse lado vai com frequência a Oeiras e gostou de saber desta novidade?
Andámos algum tempo a pensar no que faríamos para celebrar o nosso primeiro aniversário de casamento. Ainda vimos formas de ir a qualquer lado, nem que fosse cá dentro, mas estava tudo caríssimo e já tínhamos investido no fim-de-semana em que vamos a Londres. Sugestão: se estão a pensar em casar, façam-no em época baixa - depois quando quiserem festejar os aniversários é tudo mais barato!
Acabámos por decidir fazer uma coisa que adoramos: ir conhecer um restaurante novo e bom, daqueles que não são para todos os dias. Desde o Dividimos a Conta com a Helena Coelho que andava com o K.O.B by Olivier debaixo de olho, sobretudo desde que ela me disse que há lá um puré de batata trufado. Mas já lá vamos, que até chegarmos ao puré ainda passámos por outras coisas interessantes.
Primeiro que tudo passámos pela porta de um prédio de esquina. Quando se entra neste restaurante vê-se primeiro o bar e, só depois, a sala intimista onde se servem almoços e jantares. Não é muito grande nem tem muita luz, mas foi o ambiente perfeito para jantarmos juntos no nosso aniversário de casamento.
K.O.B. significa Knowledge of Beef, o que significa que neste restaurante podemos esperar muita e boa carne - e isso vê-se desde logo no Couvert, que para além de pão e manteiga traz um fuet delicioso. Para complementar as entradas, pedimos três Croquetes K.O.B. para partilhar. São muito bem compostos e trazem um molho de mostarda delicioso, aconselho vivamente a pedirem numa ida ao K.O.B.
A carta de carnes é bastante extensa, mas mal vimos que havia carne argentina não conseguimos não matar saudades da grande viagem que fizemos no início deste ano. Pedimos Acém redondo da Argentina, bem acompanhada do tal Puré de batata com trufa preta e de uns Legumes grelhados para dar um toque mais fresco.
Tivemos mais olhos que barriga e, como pedimos 600g de carne, andámos a lutar até ao fim para terminar - mais o Guilherme, na verdade, que eu nestas coisas desisto facilmente. Ainda assim, não resisti quando ouvir dizer que o Petit Gâteau de Caramelo fazia parte das sobremesas. Vem acompanhado de um sorvete de limão para contrabalançar a doçura do caramelo. Mas uma coisa é certa: fez-me relembrar o dolce de leche todo que comi na Argentina também!
Em resumo, recomendo muito o K.O.B. para uma ocasião ou celebração especial, sem dúvida. Quem desse lado já conhece este restaurante?