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Rita da Nova

Qui | 11.04.19

Restaurantes // El Bulo

Já não é novidade aqui pelo blog que a minha primeira experiência no El Bulo não foi muito positiva. Depois deste almoço num dia de trabalho, nunca mais considerei lá ir - até que a Rute, a convidada deste mês do Dividimos a Conta, escolheu o restaurante para o nosso encontro. Fui meio de pé atrás, mas posso dizer-vos que foi como se tivesse estado num El Bulo totalmente diferente.

 

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Primeiro, o atendimento foi muito mais simpático e cuidado (da outra vez a minha mesa esteve órfã durante bastante tempo) e a comida soube-me muito melhor. É mesmo verdade o que se diz sobre as pessoas fazerem os negócios e nota-se logo a diferença que faz ter um bom staff.

 

Enquanto eu e a Rute nos íamos sentando - e a Margarida andava no enorme armazém a tentar captar todos os pormenores deste espaço tão colorido -, serviram-nos um couvert com dois tipos de pão, hummus e manteiga. O resto da refeição foi feito em registo de petisco, o que até calhou bem porque a convidada revelou ser uma autêntica “petisqueira”.

 

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Primeiro vieram os peixes: um Tiradito de Duas Cores com dois tipos de peixe marinado e uma espécie de Tártaro de Bacalhau - um teste da cozinha, uma vez que ainda não faz parte da carta do restaurante.

 

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Depois foi altura de saborear a carne argentina - e tão boa que ela estava. Experimentámos um Chouriço Argentino que ainda anda em testes (mas que, por mim, já estava óptimo para ir para a carta), um Parafuso (uma espécie de prego, mas com carne da Argentina) e uma Picanha. Ao contrário do que é costume - e apesar de ter gostado do peixe - achei que os pratos de carne estavam deliciosos. Até já ando a tentar convencer o Guilherme a ir lá comigo, para comer novamente o Parafuso.

 

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As sobremesas também foram uma surpresa e eu fiquei muito feliz quando vi chegar um prato com uma série delas. Descobri depois que esta degustação de sobremesas se chama Ultima Cena e, no nosso caso, trazia uma Tarte Rogel, clássica da Argentina, um Peanutbutter Cheesecake (DIVINAL), uma Mashala de Chocolate e uma espécie de Pannacotta de Café.

 

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Resumindo e baralhando: foi muito bom por-me nas mãos da Rute para dar uma nova oportunidade ao El Bulo. Muita coisa mudou (para melhor) desde a minha primeira ida e fiquei agradavelmente surpreendida. Agora pronto, é voltar para comer outra vez o Parafuso e o Peanutbutter Cheesecake. E vocês, já conheciam o El Bulo? Que prato gostariam de experimentar?

 

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O El Bulo é um restaurante Zomato Gold, onde os aderentes têm direito a um prato na compra de outro. Se vos agrada a ideia comprar um prato ou uma bebida e ter outro grátis, subscrevam também a Zomato Gold com o código RITADA e tenham 25% de desconto!

 

[Todas as fotografias deste post são da autoria da Margarida Pestana.]

 

El Bulo Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato

Qua | 10.04.19

Desafio 1+3 // De A a Z

O Desafio 1+3 regressou com uma ideia muito, muito gira: utilizar as letras do alfabeto para falar de nós mesmos. Podíamos escolher qualquer ângulo para ir de A a Z e eu escolhi focar-me apenas em coisas que me fazem bem. Algumas delas são bem pequeninas, mas igualmente importantes porque me ajudam a lembrar-me que há felicidade nos detalhes - basta estar atenta.

 

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Sem mais demoras, aqui vai o meu alfabeto:

 

A, de Avó. A pessoa que me criou e ainda hoje cuida de mim como se fosse pequenina.

B, de bolos de canela do IKEA. Ainda por cima agora descobri que dá para comprar congelados e levar para casa.

C, de Coisa Boa. O nome que eu e o Guilherme damos um ao outro, discutindo sempre sobre quem é realmente a Coisa Boa.

D, de dormir. Não funciono bem se não dormir bem e é uma das coisas que mais prazer me dá nesta vida.

E, de espreguiçar. Dizem que é falta de educação, mas sabe demasiado bem.

F, de força. A que me faz levantar (quase) todos os dias às 6h da manhã para ir ao ginásio.

G, de gatos - os meus três miúdos (desculpa, Guilherme).

H, de Harry Potter. Porque passados tantos anos do hype, decidi entrar neste mundo.

I, de ir. Ir sempre, para longe ou para perto - mas ir.

J, de jogos de tabuleiro. Por mais noites de jogos e menos saídas à noite.

L, de livros. Os que enchem as paredes da casa nova e me dão espaço para estar comigo mesma.

M, de mais. Mais comida, sempre.

N, de Nova Iorque. O lugar que me ficou para sempre no coração.

O, de olá. Possivelmente a palavra que mais digo em casa, sempre que quero meter-me com os meus gatos.

P, de Pai. A pessoa que me mostrou que devemos sempre dar uma segunda oportunidade às coisas que valem a pena.

Q, de queijo. O meu alimento favorito de sempre (ai se desse para viver só disto…).

R, de Rússia. A minha próxima viagem.

S, de sushi. Possivelmente a comida que mais encomendamos lá para casa.

T, de tu, Guilherme. Tu és a Coisa Boa.

U, de união. A que tenho com as (poucas) pessoas da minha vida.

V, de velas de cheiro pela casa. As da H&M são as minhas favoritas do momento.

X, de X-acto. Um que tenho dentro de mim e me ajuda a cortar as coisas que não interessam

Z, de ZZZ. O que é provável que me vejam fazer assim que chego ao sofá.

 

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Este post insere-se no Desafio 1+3, lançado pela Carolina do blog Thirteen. A ideia é falarmos de nós mesmos, sempre com um olhar crítico sobre as nossas atitudes, crenças e gostos. Todos podemos participar e não há regras ou datas fixas. Cada um escreve quando e sobre os temas que quiser, dentro daqueles que forem sendo lançados pela Carolina. Juntam-se a nós? Basta enviarem um e-mail à Carolina para participar!

Ter | 09.04.19

Restaurantes // Tarara

A zona onde trabalho, aqui para os lados de Marvila e do Beato, está a ficar cada vez mais na moda e, com isso, estão a abrir cada vez mais restaurantes giros e com boas opções de menu de almoço. É o caso do Tarara, a que já fui duas vezes, e onde o menu de almoço é quase sempre diferente.

 

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Este espaço minimalista serve comida de fusão e tem influências asiáticas, sul-americanas e ibéricas. Das duas vezes que lá fui senti que estava tudo bem preparado e que não havia um único sabor fora do sítio - e é por isso que vos digo que o menu de almoço é um achado. Ora vejamos: por 12€ têm direito a couvert (sunomono de pepino e sopa miso), uma entrada à escolha, um prato à escolha, uma bola de gelado, uma bebida e café.

 

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Neste último almoço confirmei o que já tinha sentido: os pratos são bastante bem servidos e fica-se almoçado e lanchado de uma só vez. Optámos pelo Taco de Porco como entrada e tivemos a sorte de nos terem oferecido também um de Atum Picante (é só maravilhoso, juro). Depois escolhi o Fideuà de Camarão, uma massa muito fininha com um sabor forte a marisco - não costuma ser a minha praia, mas gostei muito.

 

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Para finalizar, pedi uma Bola de Gelado de Chocolate. Era muito boa e também tive a oportunidade de experimentar o de Sésamo uma vez e adorei.

 

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Segundo sei este menu de almoço ainda vai ficar durante algum tempo, por isso ainda têm oportunidade de experimentar estes e outros pratos. Se preferirem ir ao jantar, saibam que às quartas-feiras à noite há sushi! Já conheciam este restaurante ou ficaram com vontade de experimentar?

 

Tarara Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato

Seg | 08.04.19

Dividimos a Conta // Rute Obadia no El Bulo

Estar com a Rute é, inevitavelmente, acabar a viajar sem sair do mesmo sítio. Não apenas porque a conversa vai sempre parar às viagens, mas sobretudo pela forma sensorial como ela nos descreve o que viveu à volta do mundo. Foi, portanto, muito natural para mim que ela tivesse escolhido o El Bulo para o nosso jantar - as paredes coloridas deste armazém convertido em restaurante condizem que o optimismo que a Rute tem perante a vida.

 

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Conhecemo-nos à mesa, num almoço de imprensa, e - como ela disse uma vez - a empatia foi imediata. Aliás, soube que este Dividimos a Conta ia correr muito bem quando, mal nos sentámos, a Rute começou a falar das experiências gastronómicas que teve na Colômbia - um dos destinos que mais a surpreendeu. “Já tinha experimentado sabores latinos, mas foi a primeira vez que experimentei aquele tipo de sabores. Consegues sentir todos os sabores de todos os ingredientes, sobretudo naquela envolvência em que tudo te sabe de forma especial.”

 

Cartagena, em especial, foi memorável. “Para além da decoração e do ambiente de festa, não houve um único restaurante onde eu não tivesse gostado da comida”, conta-me, enquanto recorda os ceviches, o polvo e os diversos petiscos que foi provando durante a viagem. Foi tão especial que, três anos depois, ainda tem todos os sabores muito presentes na memória.

 

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Talvez a Rute não se aperceba disto, mas as memórias sensoriais - sobretudo as ligadas à comida - parecem acompanhá-la desde sempre. “Tenho uma memória muito nítida, que tem a ver com sopa de feijão com massinhas com letras. Eu detestava e a minha avó, para nós passarmos a gostar, dizia que era sopa de chocolate. Lembro-me também de uma espécie de brigadeiro de coco, que a mãe da minha melhor amiga de infância fazia e embrulhava assim num papel vegetal de cores. Estávamos sempre à espera de haver as festas para comermos aquilo.”

 

Segundo ela, o crescimento, a maturidade e a abertura às diferentes culturas que caracterizam as viagens são os principais responsáveis pelas mudanças que o seu paladar foi sofrendo ao longo dos anos. Se ao início era capaz de passar uma viagem a comer apenas pizzas, a sua fast food favorita, rapidamente percebeu que é impossível criar identidade com os países sem se provar algumas comidas típicas. E sim, isso implica experimentar coisas como escorpião. “Comi já tão enojada, que nem sequer sei a que é que sabe, nem consegui usufruir”, conta, a rir-se.

 

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Gosta de recordar alguns sabores e conhecer novos, mesmo não estando em viagem. Os restaurantes bonitos e fotogénicos - como é o caso do El Bulo - prendem sempre mais o seu olhar de fotógrafa. É esses que prefere conhecer, mas depois há também aqueles que recomenda de caras e onde não se importa de regressar vezes sem conta: o Dinastia Tang para comida chinesa, o Segundo Muelle para comida peruana e o Nikkei para uma fusão de japonês com peruano.

 

Apesar de organizar viagens de assinatura à Índia (entre outros destinos), confessa que não é grande aficcionada da comida indiana. “A não ser quando faço reencontros com grupos que levei à Índia. Aí sabe-me bem, mas em geral não são sabores que me apeteça comer.” Até porque, quando lá estou, acabo por enjoar um bocado dos sabores tão fortes.” Está então explicado porque é que escolheu um restaurante sul-americano e não um indiano para o nosso jantar!

 

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É até possível que, num próximo encontro à mesa, a Rute queira ir a um sítio completamente diferente - possivelmente uma tasca com bons petiscos. “Eu sou muitas versões de mim mesma: tenho fases, não tenho hábitos constantes. Mas se te puder dizer uma coisa que me caracterize, é a comida simples. Gosto de experimentar várias coisas, mas se me deres a escolher vou sempre dizer para irmos a uma tasca. Ou comer petiscos num final de dia de praia, à conversa com amigos, ainda cheia de sal da praia.”

 

Se quiserem ir acompanhando as aventuras da Rute, basta acompanhá-la pelo Instagram ou através do The Blondie Traveler, onde escreve sobre as viagens e os destinos que conhece. Vai ser impossível conhecerem melhor o trabalho dela sem ficarem com vontade de pegar nas malas e partir. Ainda esta semana planeio mostrar-vos tudo aquilo que comemos neste jantar (acreditem, não foi pouco). Até lá, digam-me: gostaram de conhecer melhor a Rute?

 

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1. Refeição favorita? Pequeno-almoço.

2. Cozinhar ou comer fora? Comer fora.

3. Um restaurante de sempre? Pedra da Casca. 

4. Uma moda gastronómica de que até gostas? Sushi. 

5. Algo que cozinhas especialmente bem? Pratos de massa. 

6. Uma alergia? Abacate (intolerância). 

7. Chá ou café? Café, só com leite. 

8. Uma comida do mundo? Ceviche. 

9. Um restaurante que querias que se mantivesse segredo? A Merenda, uma padaria na Parede. 

10. Dividir a conta ou cada um paga o que comeu? Dividir a conta, desde que os outros não abusem no vinho. 

 

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Este post faz parte da rubrica Dividimos a Conta. Todos os meses convido uma pessoa para almoçar ou jantar fora em restaurantes Zomato Gold, para conversarmos sobre a sua relação com a comida. O que gosta, o que não gosta, o que aprendeu a gostar, mas manias, as receitas de família… enfim, o que surgir. A parte boa é que, com a Zomato Gold, temos sempre direito a um prato grátis a compra de outro (e se usarem o código RITADA, têm 25% de desconto na subscrição de qualquer pacote).

 

[Todas as fotografias deste post são da autoria da Margarida Pestana.]