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Rita da Nova

Ter | 26.03.19

Argentina // O que comer

Não podia terminar o conjunto de publicações sobre a viagem à Argentina sem falar de uma das partes mais importantes deste país - a comida. Posso garantir-vos que foi um dos destinos que mais me surpreendeu do ponto de vista gastronómico. Ainda tentei falar um pouco de comida em cada post sobre os destinos que visitámos, mas a comida é tão boa que merece um post próprio.

 

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A comida é sempre um reflexo da cultura e das pessoas que fazem parte de um país e, na Argentina, não poderia ser diferente. É fácil ver a influência europeia, bem como as origens indígenas - todas se misturam para criar uma cozinha rica e variada. Da carne grelhada de muita qualidade, às pastas de fazer inveja a italianos, há um pouco de tudo. E eu deixo-vos as coisas que mais gostei de provar:

 

 

Chóripan

Na sua essência é apenas pão com uma salsicha lá dentro, mas quando provamos percebemos que é bem mais do que isso. A gordura da carne empapa o pão na medida certa e é frequentemente um almoço rápido para os argentinos. Nós andámos em busca do melhor chóripan da cidade e acabámos por experimentar um que tinha um extra: uma fatia de provola derretida lá no meio. Que coisa deliciosa!

 

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> Onde comemos: Chachito Premium, em Palermo (Buenos Aires).

 

 

Empanadas

É impossível ir à Argentina e não comer empanadas: não apenas porque são boas, mas porque estão em todo o lado. Vendem-se na rua como street food, nos restaurantes como entrada e nos cafés como pequeno-almoço/lanche. E depois há inúmeros recheios, para agradar a toda a gente - cheguei a comer uma recheada com doce de leite, juro. Eu já era fã de empanadas antes e, confesso, voltei ainda mais.

 

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> Onde comemos: um pouco por todo o lado, mas destaco as da La Cervecería, em El Chaltén, onde também há as melhores batatas assadas no forno que comi na vida (desculpa, Avó).

 

 

Pizza

A influência italiana na Argentina vê-se sobretudo em duas coisas: na língua e na comida. As pizzas são muito famosas neste país, mas são mais altas e fofas que as originais. Há também uma espécie de pizza chamada fugazza, inspirada nas focaccias, que é francamente deliciosa.

 

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> Onde comemos: Pizzaria Guerrin, em Buenos Aires.

 

 

Parilla

Eu até nem sou a maior fã de carnes vermelhas, mas é impensável fazer esta viagem e não experimentar uma parrilla: nada mais, nada menos do que carne grelhada. Pode parecer muito normalzinho, mas a carne tem tanta qualidade que vale só por si - grelhada com uma pitada de sal e muito chimichurri. Connosco, as parrilladas para dois eram sempre um exagero, mas o Guilherme acabava por dar conta do recado.

 

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> Onde comemos: Cabaña las Lilas, em Puerto Madero (Buenos Aires) e El Gran Paraíso, em La Boca (Buenos Aires).

 

 

Cordero Patagónico

Continuando no tema da carne - e se visitarem a Patagónia - não podem deixar de experimentar cordeiro de todas as formas e mais algumas. Todos os sítios cozinham esta carne e nós pudemos experimentar dois tipos: o Assado de Cordeiro Patagónico e a Parrilla de Cordeiro. Estavam ambos óptimos, como podem calcular.

 

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> Onde comemos: La Zorra e Parrilla Don Pichon, ambos em El Calafate.

 

 

Medialunas

Quase todas as minhas manhãs na Argentina começaram com a mesma combinação: medialunas e café. São uma espécie de croissant em massa brioche, mas mais doces e pequeninos do que estamos habituados. É normal comer-se dois ou três de uma vez, que aquilo com uma dentada vai tudo - mas são mesmo muito bons.

 

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> Onde comemos: praticamente em todo o lado!

 

 

Alfajores

Deixo o meu favorito para o fim. Eu já AMAVA alfajores, uma sobremesa típica argentina composta por duas bolachas (normalmente de maisena) recheadas com doce de leite. Mas na terra onde o doce de leite é rei, estes doces sabem ainda melhor. Agora imaginem que há mil e um upgrades a esta brincadeira: há uns cobertos com chocolate, outros com dupla cobertura… enfim, uma perdição.

 

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> Onde comemos: em vários locais, mas os imperdíveis são os da La Chocolateria Josh Aike, em El Chaltén.

 

 

Resumindo e concluindo: o que me valeu foi a média de 20km que andámos por dia e a catrefada de montanhas que subimos e descemos, caso contrário tinha trazido uns belos quilos de souvenir da Argentina. Se ainda não vos tinha convencido a visitar este país, espero pelo menos conquistar-vos pelo estômago com esta publicação. Digam-me lá: consegui?