Palavras Cruzadas // Dia dos Namorados é quando um casal quiser
Desde que namoramos, eu e o Guilherme passamos o Dia dos Namorados fora de Portugal. E vocês podem pensar que somos mesmo devotos desta data e nos comprometemos a fazer uma viagem para a assinalar. Não querendo desiludir-vos, nós não somos assim tão românticos - só coincide mesmo com as nossas viagens de início de ano.
É curioso ver como o acto de festejar este dia é o mesmo em todos os países por que passámos: em Espanha, nos Estados Unidos, em Cuba e, agora, na Argentina. Bem sei que, à excepção dos Estados Unidos, também só passámos o Dia dos Namorados em destinos muito calientes, mas será mesmo preciso termos uma “tradição” tão igual em todo o lado? Até os Natais diferem de país para país, minha gente.
Não me interpretem mal: eu não acho errado oferecer-se flores, peluches do tamanho das namoradas, anéis ou jantares caros. Parece-me óptimo que se assinale o amor, que se fale dele, que se manifestem coisas que normalmente estão escondidas pela rotina no dia-a-dia. Só que, se o fizermos todos no mesmo dia, não estamos a celebrar aquilo que torna o nosso namoro ou o nosso casamento tão únicos e diferentes. Tão especiais.
Eu e o Guilherme conhecemo-nos num dia 8. Casámos num dia 8. Os dias 8 são especiais para nós - gostamos de jantar fora e de fazer planos especiais. De certeza que cada casal tem as suas particularidades e os seus momentos importantes de assinalar. A minha proposta é que encontremos o nosso próprio dia dos namorados, seja ele todos os dias ou uma vez a cada dois anos. Mas que seja nosso, só nosso.
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Este é o 31º post da rubrica Palavras Cruzadas, criada em parceria com o P.A., mas vocês também estão mais do que à vontade para pegar nos temas e escrever sobre eles. Para estarmos a falar do Dia dos Namorados uma semana depois de acontecer, é claro que a ideia deste tema foi dele. Para a próxima semana, que tal escrevermos sobre um animal que nos diz algo?