O nosso casamento
Antes que comecem para aí com os “até que enfins” da vida, sim, eu sei. Faz no sábado cinco meses que casámos e eu ainda não vos tinha falado deste dia tão maravilhoso. Primeiro pôs-se a lua-de-mel e depois a espera pelas fotografias, sem as quais não me fazia sentido nenhum escrever sobre o nosso casamento. Assim que elas chegaram à caixa de e-mail perdi-me a recordar todos os detalhes daquele dia e, como não poderia deixar de ser, acabou comigo a chorar baba e ranho outra vez.
Fui partilhando algumas delas pelo Instagram, mas mesmo assim sinto que ficou (e ficará) muito por dizer. Como já tinha dito algures, casar nunca tinha feito parte dos nossos planos. E mesmo quando decidimos fazê-lo, eu não queria propriamente fazer uma festa, bastava-me ir à Conservatória e já estava. Mas uma coisa vos digo: ainda bem que o Guilherme me convenceu a fazer uma festa e que a preparámos à nossa medida. Foi um dos dias mais especiais da minha vida e só tenho pena que tenha passado tão depressa.
Houve várias coisas que fizeram deste dia o nosso casamento, a nossa festa. Por exemplo: já vos contei no Instagram que não fiz prova de maquilhagem ou cabelo antes do dia e que comprei o meu vestido nos saldos da Lanidor por 60€. Fui a noiva mais descontraída do mundo porque tentei reduzir ao máximo os pontos de preocupação e fazer uma coisa simples e tranquila. Não foi um casamento típico - como podem calcular - e, por isso, hoje trago-vos algumas das coisas que o tornaram tão diferente e tão a nossa cara.
1. Fui eu quem pediu o Guilherme em casamento
Pois é, espantem-se! Logo eu, que achava que casar não fazia diferença nenhuma. Mas a verdade é que, em algumas coisas, faz. O Guilherme é a minha família oficial, agora. Pode tomar decisões por mim quando eu não estiver apta a fazê-lo e eu confio completamente nele. Casar foi uma forma de garantir que estamos cá um para o outro aos olhos das burocracias todas desta vida.
2. Casámos num dia e fizemos a festa noutro
Embora tenha sido eu a fazer o pedido, a verdade é que - como vos disse - não fazia questão de ter uma festa. Já o Guilherme, viu aqui a oportunidade de reunir as pessoas de quem gostamos. Numa coisa concordámos: não queríamos sujeitar os convidados a ouvir uma missa ou um conservador durante não sei quanto tempo e a apanhar uma seca descomunal. Aliás, se é uma das partes que mais odiamos em casamentos, porque é que haveríamos de o fazer no nosso? Então: sexta-feira fomos à Conservatória com os nossos dois padrinhos - a minha Avó e o Pedro - e no domingo fizemos a festa, para calhar exactamente no dia em que fazia três anos que nos conhecemos. Não deixámos, contudo, de ter um momento dedicado à troca de votos e alguns discursos (foi aí que descambou e desatámos todos a chorar).
3. Fizemos um brunch de casamento
Acho que não há coisa mais nossa do que isto. Reservámos parte do TOPO Chiado e começámos a receber os convidados ao 12h, para um brunch cheio de coisas óptimas. Bom, é claro que eu mal comi, mas o pouco que consegui provar estava óptimo. Aliás, acreditam que só me apercebi de que havia crepes quando estava a rever as fotografias do casamento? Como era um domingo, a festa terminou pelas 21h.
4. A playlist foi feita em conjunto com os convidados
É certo que a festa acabou cedo, mas não foi por isso que deixou de haver música e dança. Em vez de contratarmos um DJ, que seria mais um stress e uma coisa para lidar, preferimos fazer uma lista de músicas no Spotify. Todos os convidados sugeriram pelo menos uma música e depois foi só colocar em modo aleatório durante o dia. Podem ouví-la aqui:
5. Oferecemos polaroids aos convidados
Andámos algum tempo a pensar o que poderíamos oferecer aos convidados. Queríamos algo que os fizesse recordar aquele dia com amor e carinho, sem que fosse algo completamente inútil. Um dia, quando estávamos em casa, olhámos para a nossa Instax e veio-nos logo à cabeça a ideia de oferecer uma polaroid tirada no casamento. Foi tal o andamento que a máquina se estragou a seguir à lua-de-mel e tivemos que comprar outra, mas valeu bem a pena porque deu fotos muito divertidas.
6. Oferecemos um prémio a quem adivinhasse onde era a nossa lua-de-mel
Quem nos conhece sabe que somos todos dos joguinhos e dos desafios. Não podíamos deixar de trazer um bocadinho desse nosso lado para este dia. Tínhamos bilhetes para o Alive, mas os dias calhavam exactamente a meio da nossa lua-de-mel, por isso decidimos oferecer os bilhetes a quem adivinhasse qual o destino. Fizemos umas folhinhas onde cada pessoa podia colocar uma hipótese de destino e como houve quatro pessoas a apostar Madagáscar, depois sorteámos dois vencedores.
7. Não temos alianças
Acho que, dentro de um casamento diferente, esta até é das coisas mais comuns de se fazer. Já há muitos casais que não usam aliança (não deve dar jeito nenhum no dia-a-dia, sobretudo ao coitado do homem). Nós nunca quisemos ter, até porque já tinhamos duas matching tattoos, cuja história podem conhecer aqui.
Acho que são assim as coisas mais diferentes que tenho para vos contar sobre o nosso casamento. Que outras gostariam de saber?
[Todas as fotografias deste post são da autoria da Nia Carvalho.]