#RitaNaRotaDoBrunch // Em modo Clandestino
Há uma espécie de regra implícita lá em casa: temos que fazer brunch em pelo menos um dos dias do fim-de-semana. E, como podem calcular, eu ando sempre em busca de novos sítios - mais do que isso, de sítios diferentes - para que essa refeição não seja sempre a mesma coisa.
Andava há meses com o Brunch Clandestino debaixo de olho, mas não havia maneira de conseguir marcar. Ora porque as vagas desapareciam imediatamente, ora porque já era tarde quando me lembrava de tentar a minha sorte. Mas aconteceu este fim-de-semana.
Para quem ainda não ouviu falar deste brunch, o nome não engana: não há cá ficha de restaurante na Zomato e tanto o local como a hora só se sabem no dia anterior, via e-mail. As marcações são feitas por e-mail e as datas são anunciadas através do Facebook e do Instagram. Ao início havia apenas seis lugares disponíveis por cada dia, mas agora já há espaço para dez pessoas.
O Brunch Clandestino senta desconhecidos à mesa com o objectivo de os tornar um bocadinho mais conhecidos após aquelas duas horas de partilha da comida que está em cima da mesa. Isto porque, assim que chegamos, a comida já está quase toda em cima da mesa - falta o prato principal, que por ser quente está a acabar de ser feito na cozinha.
A ideia é que possamos começar a refeição por onde nos apetecer: seja pela sobremesa ou pela focaccia, pelo iogurte com granola ou pelo ovo estrelado, brioche recheado e frittata que compunham o prato principal da edição deste fim-de-semana.
Esta coisa de conhecer pessoas novas não resultou a 100% comigo, não só porque ia na companhia do Guilherme, como encontrei a Isabel do Foodie Friend (um blog que está a começar, mas que já é um dos meus favoritos nestas lides da comida), a Inês Brandling que está por detrás da conta de Instagram Lisboa.Come (de que já vos tinha falado aqui) e o Paulo, que conheci no aniversário do Chévere a convite da Zomato.
Ficámos ali, em amena cavaqueira, mas fomos os nossos piores inimigos. Já se sabe o que acontece quando se juntam foodies, bloggers e instagrammers na mesma mesa: invariavelmente, por causa das mil e quinhentas fotografias, vamos acabar a comer tudo frio. Aceitámos o castigo de comer o brioche recheado já meio frio e seco, o que estragou um bocadinho a experiência. De resto, foi bom ir comendo sem regra nem pressa, que é assim que se quer ao fim-de-semana. Só senti falta de mais coisas doces na mesa, mas isso sou eu que não resisto a uma ou várias sobremesas.
Se gostam de fazer brunch, mas já estão fartos de ir sempre aos mesmos sítios, então fiquem atentos e arrisquem em experimentar uma coisa diferente. E não se preocupem, que ninguém vos vai ficar com um rim.
Já conheciam o Brunch Clandestino? Que outros sítios com um conceito diferente me aconselham?