Psi: para muitos, o melhor vegetariano de Lisboa
Sabem aqueles espaços que estão há anos na nossa lista de “sítios a ir”, mas que nunca conseguem impor-se quando é altura de decidir onde almoçar ou jantar? A minha relação com o Psi foi sempre um pouco assim: eu sabia que ia gostar, já mo tinham recomendado milhares de vezes… mas nunca tinha acontecido.
E confesso que, se dependesse exclusivamente de mim, possivelmente ainda não teria sido desta. Eu explico: na terça-feira passada fomos ver o grande Tape Face e, por isso, decidimos jantar perto do Tivoli. Depois de uma pesquisa rápida na Zomato, perguntei ao Guilherme se queria repetir o Jardim dos Sentidos e dei-lhe mais duas sugestões: a Empanadaria El Pibe e o Psi. Foi o Guilherme quem disse que era altura de irmos, finalmente, experimentar este último.
A primeira coisa de que gostei no restaurante foi o facto de ser completamente diferente do convencional. Embora haja um espaço interior, todas as mesas estão lá fora - umas dentro de uma cúpula, outras no exterior, junto ao lago e ao pequeno jardim. Acho que nem nunca tinha passado ali à porta, por isso fiquei completamente surpresa com todo aquele ambiente romântico.
Tudo no menu parece ser delicioso, por isso quisemos tudo aquilo a que temos direito. Escolher a entrada até foi fácil, já que pisquei logo o olho a uma que combina alguns dos meus alimentos favoritos de sempre: queijo halloumi grelhado, tâmaras, nozes e maçã.
Decidir-me por um prato principal já foi mais complicado, uma vez que a ementa do restaurante nos tenta a cada prato. Achei que queria experimentar uma salada, mas depois vi os Rotis e não tive como dizer que não. A determinado momento da noite, um dos empregados explicou-nos que este pão é 100% caseiro e que dá muito trabalho a confeccionar. Mas ainda bem que se dão a esse trabalho, porque adorei o de queijo feta, espinafres e cogumelos. Para compor um bocadinho mais - e porque tinha visto o aspecto quando o pousaram noutra mesa - pedi o hummus para dividirmos. O Guilherme optou por outro prato famoso da casa - os Dan Dan Noodles, com um toque picante e um tofu cozinhado na perfeição.
Não sei se já vos tinha contado isto, mas quando me dão um menu de restaurante para as mãos, escolho sempre primeiro a sobremesa e tudo o resto em concordância. Claro que foi assim no Psi, até porque a parte das sobremesas tem uma secção dedicada exclusivamente a doces sem açúcar e a Tarte de Limão vegan soou-me especialmente bem. Também não sei se já vos tinha dito, mas normalmente - quando quero muito uma coisa - esse é o prato do restaurante que não há naquele dia. Claro que também foi assim no Psi.
O Guilherme, louco por Tiramisù como é, nem precisou de ver duas vezes para escolher o Psi Missu. Eu, triste por não haver o que queria, fui logo confortada pelo empregado, que me sugeriu o Cheesecake Crumble (com mascarpone, queijo creme, raspa de limão, crumble e frutos vermelhos). E nem me lembrei mais da Tarte de Limão.
Sabem aqueles sítios em que somos tão bem tratados, que queremos voltar logo na refeição seguinte? Foi isso que senti neste jantar, depois de todas as recomendações e da conversa simpática que tivemos com alguns dos empregados depois da sobremesa. Só tenho pena de ter deixado o Psi sempre para segundo plano, já que agora compreendo perfeitamente porque é que muitos o consideram o melhor restaurante vegetariano de Lisboa.
O próximo passo? Ir lá experimentar os Falafels, a Korean Tofu Bowl e a Tarte de Limão vegan. Ainda por cima, é um dos restaurantes aderentes da Zomato Gold (que nos oferece um prato por cada dois).
Já conheciam o Psi? Que outros restaurantes vegetarianos recomendam em Lisboa?