#RitaNaRotaDoBrunch // WISH, Slow Coffee House
Gostava de começar por vos revelar uma coisa sobre mim: sou extremamente caseira. Prefiro a companhia de um livro a uma saída à noite, gosto mais ter os amigos a jantar cá em casa em vez de irmos para os copos, e aproveito sempre melhor quando cumpro as rotinas normais do fim-de-semana. E, como sabem, o brunch é justamente uma dessas rotinas.
Os sábados são (quase) sempre dia de visitar a Avó, de almoçar com ela e ajudá-la com as compras mais pesadas. Pomos a conversa em dia: conto-lhe como foi a minha semana e ela conta-me a dela, apesar de falarmos todos os dias ao telefone e já nada ser propriamente novidade. Já os domingos são dias de me demorar mais no ginásio, ter tempo para os treinos de musculação que não consigo fazer tanto durante a semana e de me estender num brunch demorado.
Ultimamente, em Lisboa, poucos sítios conseguem transmitir-me esta sensação de tempo lento. Sinto que o fim-de-semana passa demasiado depressa, muito embora tente sempre contrariar a velocidade a que teima em passar. Não só pelo nome, o WISH - Slow Coffee House tem a capacidade mágica de fazer parar o tempo nem que seja por uma hora e de me devolver a tranquilidade que gosto de associar a estes dias.
Já conhecia o WISH da LX Factory, ali bem coladinho à WISH Concept Store, e este fim-de-semana decidi conhecer a casa-irmã que abriu no Largo da Trindade. Tínhamos receio que estivesse demasiado cheio e confuso, como costuma ser característico do espaço em Alcântara, por isso ligámos a perguntar. Uma voz simpática disse-nos que fossemos com confiança, pois ali “costuma ser bem mais calminho”.
Confirmou-se. Para além de nós só um casal ocupava a sala do andar de cima, dedicada ao brunch, que embora seja pequena está cheia de luz. A decoração, como acontece na LX Factory, vem quase toda da Concept Store - que, aqui, ocupa o andar de baixo.
Esteve-se demasiado bem ali dentro. O brunch é delicioso - destaque para os croissants e a fresquíssima salada caprese - e o atendimento é muito simpático, algo a que infelizmente já não estou habituada em Lisboa. Mas é normal: com menos afluência de gente têm mais capacidade para dar verdadeira atenção a cada uma das mesas.
Tenho mixed feelings em relação ao futuro deste novo WISH: gostava que fosse mais conhecido porque assim o merece, ao mesmo tempo que, bem cá no fundo, desejo que permaneça um segredo guardado bem longe do turismo, para que possa passar por lá sempre que sentir necessidade de fazer o tempo parar.
Já conheciam o WISH? Qual preferem: o de Alcântara ou o do Chiado? E que espaços vos conseguem transmitir esta sensação de tempo lento?