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Rita da Nova

Dom | 30.07.17

"Como assim, vegan?": um livro e um worskhop

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No outro dia, enquanto fazia scroll infinitamente no Facebook, descobri que a Inês David, autora do livro “Como assim, vegan?", iria dar um workshop de comida vegan dali a umas semanas. Decidi logo inscrever-me, porque mais do que ser adepta deste estilo de alimentação, gosto de aprender novas formas de cozinhar.

 

Foi num mercado vegan mesmo no centro de Lisboa - o GreenBeans - que tudo aconteceu. Confesso que desconhecia completamente este sítio, mas foi muito bom ver que temos cada vez mais diversidade de opções no que diz respeito à alimentação. Este mercado tem tudo o que possam imaginar, desde comida a produtos para a casa, e tudo 100% vegan.

 

Mais do que nos explicar o que é ser vegan ou tentar convencer-nos a mudar radicalmente os nossos hábitos, a Inês quis antes fazer deste workshop um momento para nos mostrar que a comida vegan não tem de ser complicada. Só assim, se simplificarmos, é que somos capazes de, aos poucos, mudarmos a nossa alimentação se assim o desejarmos e nos fizer sentido.

 

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E as receitas deste seu livro são tão fáceis, que a Inês precisou apenas de uma liquidificadora e de um bico de gás para cozinhar tudo aquilo que provámos. Começou por nos mostrar como fazer umas Panquecas de Alfarroba, que vieram acompanhadas pelo seu já famoso Pão de Banana. Gostei de ambos, mas confesso que o Pão de Banana estava divinal - e olhem que eu não sou grande fã de banana.

 

Depois experimentámos ainda Tofu Mexido - bem amarelinho como se fossem ovos, fruto de um segredo que encontram no livro da Inês -, um maravilhoso hummus e alguns queijos vegan. Ainda houve tempo para aprender a fazer um Macarrão Americano e um Cheesecake Desconstruído (que foi o meu prato favorito de todo o workshop, ou não fosse eu fã de sobremesas).

 

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Ao longo de quase três horas, a Inês partilhou connosco alguns truques de cozinha, como aromatizar azeite, e explicou-nos que substituições podemos fazer para adaptar os pratos do dia-a-dia à cozinha vegan. Podem inspirar-se através do Instagram e do Facebook da Inês - prometo que vão ficar a salivar.

 

No final do workshop ainda trouxe alguns presentes da Violife, que lançou recentemente uma série de queijos vegan, e uma bolacha maravilhosa da Kookie Cat para o lanche. 

 

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Dificilmente me tornarei vegan, uma vez que existe uma coisa chamada queijo e outra chamada peixe, mas isso não significa que não procure novas formas de cozinhar e alternativas às coisas que sei que fazem menos bem.

 

 

E vocês, como vêem este tipo de alimentação? Já experimentaram pratos vegan?

Sex | 28.07.17

Quem cuida dos meus, cuida de mim

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Quem me acompanha no Instagram pode ter reparado que, no fim-de-semana passado, apanhei um susto com uma das minhas gatas - a Guinness. Nessa semana andámos a chegar mais tarde do que o normal a casa e não reparámos em mudanças no comportamento dela. Só na noite de sexta é que a notei mais paradinha, mas decidi relativizar porque não me pareceu grave.

 

Caiu-me a ficha quando, às 8h30 de sábado, acordei e não vi a Guinness no quarto. É que, mesmo que não durma connosco na cama, deita-se na cadeira ou na prateleira estilo escadote que temos no quarto. Quem tem gatos sabe que são animais de rotinas e nota certamente quando há uma quebra no padrão: eles têm sítios favoritos para estar a determinada hora do dia, por exemplo. Levantei-me, assustada, e fui encontrá-la na sala, exactamente no mesmo sítio onde a tinha deixado na noite anterior. Mal se mexia e, quando a púnhamos no chão, dava dois passos e voltava a deitar-se.

 

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Fomos de urgência com ela ao Hospital do Gato, o veterinário onde são seguidas e onde a Viena é acompanhada também. Felizmente era só uma pata magoada, o que nos gatos se manifesta de uma forma estranha. Eles não coxeiam, mas evitam andar e por isso deixam de comer, beber água ou ir até à areia. Apesar de ter perdido algum peso ainda não tinha começado a ter outras complicações mais graves no sistema urinário, que são frequentes nos gatos quando estas coisas acontecem.

 

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Depois de uns dias de anti-inflamatório e de muito mimo (sim, mais do que o habitual), vamos voltar hoje ao Hospital do Gato para vermos se já está boa. Eu sei que parece um exagero, mas só quem tem animais conhece esta sensação de impotência quando os vemos doentes. Como eles não se queixam, às vezes corremos o risco de não apanharmos as coisas a tempo.

 

As médicas e enfermeiras do Hospital do Gato foram muito atenciosas e preocupadas, como aliás têm sido sempre. Recomendo vivamente este veterinário a quem tem gatos, já que dispõem de um hospital 24h e um consultório dedicado exclusivamente a este bicho com tanta personalidade. Mais do que verem se estão doentes e darem as vacinas de rotina, preocupam-se genuinamente com o bem-estar dos gatinhos que lhes passam pelas mãos. Lembram-se de todos e mantêm um contacto frequente connosco, para acompanharem o seu crescimento. São autênticas “tias” das nossas gatas, como lhes chamamos.

 

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Temos um carinho tão grande por este sítio, que fomos lá buscar mais um membro para família: a Arya Stark, a nova gatinha da minha irmã. Ainda ficaram lá gatinhos - se eu pudesse adoptava-os todos - por isso se estiverem interessados em ter um amor destes para a vida, vejam fotografias e mais informações no Facebook e no Instagram do Hospital do Gato.

 

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E quanto a ti, Guinness Maria, que todos os sustos sejam tão graves quanto este, que o meu coração não aguenta se for de outra forma.

Podem ir acompanhando as aventuras da Guinness e da BB-8 aqui.

Qui | 27.07.17

Os meus life hacks favoritos

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Bem sei que este post tem um registo um pouco diferente do habitual, mas tive a ideia de partilhar convosco alguns dos meus life hacks - pequenos truques que me ajudam a ganhar tempo no dia-a-dia ou simplesmente a tornar-me mais eficiente naquilo que faço. Mesmo que já os conheçam e até usem alguns deles, gostava de fazer deste post um momento de partilha de dicas que tornem a vida de todos nós mais simples. Eu começo e vocês continuam ali em baixo nos comentários. Vamos a isso?

 

 

Preparo os almoços da semana ao domingo

Acho que este é um básico da organização e comecei a utilizar este truque assim que comecei a estagiar no Público (o meu primeiro trabalho de escritório a sério). Depois disso, o hábito foi-se mantendo e trago sempre almoço comigo - para além de poupar tempo em deslocações para comer fora, ainda poupo bastante dinheiro. Como as rotinas alimentares resultam bem comigo, trago sempre saladas (com algumas variações de semana para semana) que preparo ao domingo. E sim, aguentam-se bastante bem no frigorífico, só precisam de usar boas caixas e de secar muito bem todos os legumes e vegetais, para não acumular humidade.

 

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Não passo roupa a ferro

Claro que isto depende muito do tipo de roupa que utilizam no dia-a-dia, mas no meu caso não se justifica. Nem eu nem o Guilherme temos trabalhos formais, por isso não usamos fatos ou camisas com frequência. O truque é reduzir a centrifugação na máquina de lavar e depois esticar a roupa muito bem antes de a estender. No caso de tecidos que exigem um bocadinho mais de cuidado, recomendo pendurarem as peças num cabide assim que saem da máquina e prenderem algures na casa-de-banho para secar. Se ainda assim houver alguns vincos na roupa, vistam-na e depois passem o secador do cabelo com a temperatura no máximo, esticando-a. Vai parecer acabada de passar a ferro!

 

 

Também não estendo a roupa

Na verdade já nem sequer cumpro os passos todos de que vos falei no ponto anterior, simplesmente porque passei a usar as lavandarias automáticas para secar a roupa. Estico tudo muito bem assim que tiro da máquina, coloco num saco grande das compras e vou à lavandaria self-service que existe no topo da rua. Para além de sair quase passada a ferro, não perco tempo a estender e depois a verificar que peças é que já estão secas para dobrar e ir guardando. A secagem demora 15 minutos e a roupa está pronta a dobrar e a arrumar depois disso.

 

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Estou sempre a fazer a lista de compras

Em vez de perder tempo ao fim-de-semana a criar uma lista de compras para ir ao supermercado, vou criando essa lista à medida que os produtos vão acabando ou quando sinto necessidade de comprar alguma coisa lá para casa. Uso a aplicação Wunderlist, que serve essencialmente para criar checklists, e vou actualizando a lista de compras todos os dias para ganhar tempo e não me esquecer de nada. A parte boa é que as listas são partilháveis, por isso o Guilherme também vai colocando lá coisas.

 

 

Tenho ajuda para me lembrar de beber água

Nunca tinha conseguido ser disciplinada ao ponto de beber a quantidade de água recomendada diariamente. Isto porque sou mesmo muito indisciplinada e esqueço-me facilmente. Nem os típicos alertas no telemóvel resultavam, porque não me lembrava sequer de os criar. Quando descobri a app Aqualert, tudo mudou. Primeiro, a aplicação faz uma avaliação da quantidade de água que devemos ingerir diariamente, tendo em conta o nosso peso, idade, altura e nível de actividade física. Depois envia-nos notificações constantes para bebermos água. Para além disso, podemos ir registando a quantidade de água que bebemos, consoante o tamanho da garrafa ou dos copos que utilizamos. É muito simples de usar e, acima de tudo, dá-nos a sensação de dever cumprido no final do dia!

 

Quais são os vossos life hacks favoritos? Partilhem-nos comigo através dos comentários!

Qua | 26.07.17

Partes de Roma que me apaixonaram

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No outro dia lembrei-me que nunca vos falei da minha viagem a Roma, já que nessa altura o blog estava parado (e ainda se chamava “Rita à Volta do Mundo”). E fiquei em choque quando me apercebi de que está quase a fazer três anos que visitei esta cidade. Apesar de ter feito Erasmus em Turim, só vim a conhecer a capital italiana um ano depois de regressar a Portugal. Aproveitei um daqueles fins-de-semana grandes de Dezembro e parti à aventura apesar do frio.

 

Não faz muito sentido fazer-vos um roteiro de Roma, já que a internet está cheia de dicas e itinerários muito bem feitos. Se pensarmos bem, há todos aqueles clichés que valem a pena visitar, como o Coliseu, o Vaticano, a Fontana di Trevi ou o Castel Sant'Angelo. Procurem informações sobre estas atracções principais e ficarão bem enquadrados sobre aquilo que não podem perder nesta cidade. Como quero muito falar-vos sobre esta cidade, o que vos trago hoje é um conjunto das coisas que mais gostei em Roma.

 

 

Ver o pôr-do-sol no topo da Scalinata di Trinità dei Monti

Ou seja, do topo da escadaria que existe na Piazza di Spagna. De certeza que conhecem estas escadas, que costumam estar cheias de pessoas sentadas ao final do dia. E, na verdade, chegam mesmo a estar centenas de pessoas a aproveitar o final do dia naquele sítio, numa excelente representação do dolce far niente italiano. Ainda assim, a minha parte favorita foi poder observar o pôr-do-sol lá de cima, já que a vista é absolutamente maravilhosa.

 

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Ver a Basilica di San Pietro pelo buraco de uma fechadura

Esta foi, provavelmente, a melhor dica que me deram quando fui a Roma. Qual ir a Roma e não ver o Papa, qual quê… quem vai a Roma não pode deixar é de subir a Santa Sabina all’Aventino e procurar o Buco Della Serratura. É, nada mais nada menos, do que o buraco de uma fechadura através do qual têm uma vista privilegiada para a Basilica di San Pietro, no Vaticano. Se decidirem subir para espreitar por esta fechadura, aproveitem para passear no Giardino degli Aranci - que tem uma vista igualmente bonita.

 

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Piazza Navona e Rione V

Como em qualquer cidade ou vila italiana, aqui não faltam piazzas para descobrir. A minha favorita é a Piazza Navona, não só por ter uma disposição um pouco diferente do habitual, mais oval, mas porque na altura tinha uma série de decorações natalícias e até um carrossel que se iluminava de uma forma espectacular à noite. Por detrás desta praça situa-se o Rione V, uma das partes da cidade que mais gostei de descobrir.

Roma divide-se, administrativamente, em Rione (diminutivo de “regiones”, ou seja, região). Na pratica equivale quase a um bairro e este, que liga a Piazza Navona ao rio Tevere, é muito característico. Para além de ter ruelas muito sinuosas, em que mal passa uma Vespa, é também uma zona muito artística e trendy. Foi lá que comi um dos melhores brunches da minha vida, num sítio escondido chamado Coromandel. Façam um favor a vocês mesmos e vão de propósito a Roma só para poderem comer aquelas panquecas maravilhosas.

 

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Trastevere

Esta foi a zona da cidade de que mais gostei, tanto de dia como de noite. De dia tem uma vida muito própria e as trattorias chamam-nos a cada esquina; de noite enche-se de animação e pessoas nas ruas. Trastevere está cheia de cantos, recantos e pormenores para descobrir, por isso o melhor mesmo é passearem sem destino ou objectivo. De certeza que vão ser constantemente surpreendidos. Fiquei com muita pena de não ter conseguido arranjar mesa na Trattoria da Teo, um restaurante muito típico e altamente recomendado pelos romanos. Tenho a certeza que vou voltar a Roma e marcar mesa com antecedência!

 

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Bicicletas por todo o lado

Literalmente por todo o lado! Não sou a maior fã de andar de bicicleta, mas acho-as um objecto muito bonito e condiz demasiado bem com a cidade. Ora vejam lá:

 

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A vista do Gianocolo

Mesmo atrás de Trastevere fica algo que não podem perder: o Gianicolo, uma colina com uma vista soberba para quase todos os marcos da cidade. Preparem-se porque a caminhada é longa, mas vale muito a pena.

 

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Os jardins da Villa Borghese

Foi nas últimas horas passadas em Roma, mesmo antes de regressar a Lisboa, que fui passear nos jardins da Villa Borghese. Se gostam de passear em jardins e conhecer parques nas cidades a que vão, então não podem perder este! O lago e o Tempio di Esculapio são a cereja no topo do bolo.

 

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O mundo encantado da Bartolucci

Mesmo no centro, entre a Fontana di Trevi e a Piazza Navona, vão descobrir uma loja pequena mas adorável, que vos vai transportar directamente para a história do Pinocchio. Na Bartolucci só se fazem e vendem brinquedos feitos em madeira e garanto-vos que a criança que há dentro de nós se solta assim que pomos um pé dentro desta loja e oficina. Francesco, dono e artesão, criou o seu primeiro pinocchio em 1981 e continua ainda hoje a criar brinquedos maravilhosos.

 

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Campo de' Fiori

Para terminar este pequeno roteiro alternativo, não posso deixar de vos recomendar uma ida ao Campo de' Fiori. Nesta tradicional praça de Roma vão encontrar um colorido e cheiroso mercado de flores que promete animar logo o dia.

 

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Tenho a certeza que Roma é uma daquelas cidades que merece uma visita de tempos a tempos (e sei que vou regressar brevemente). Que outras pérolas não posso perder? Que restaurantes mais escondidos recomendam? Quero saber tudo!

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