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Rita da Nova

Qui | 29.06.17

Os livros da Rita // A História Secreta

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Demorei mais tempo do que o normal a ler A História Secreta, da Donna Tartt, não só porque o livro é mesmo muito grande, como pela intensidade e dureza da história. Lembro-me que, quando comecei a ler, ouvi opiniões contraditórias acerca do livro: houve que tivesse adorado, houve quem tivesse odiado. Li sem grandes expectativas e confesso que, ali a meio, vacilei um bocadinho. Não que não estivesse a gostar - pelo contrário -, mas porque a autora mastiga um bocadinho a história e parece que anda ali às voltas sem grande objectivo.

 

É claro que aquele impasse acabou por fazer todo o sentido no desfecho da história. “Mas que história?”, perguntam vocês. O livro começa com um acontecimento muito simples: um grupo de amigos e colegas de faculdade matou um rapaz do grupo, o Bunny. Percorremos a história sempre através do ponto-de-vista de Richard, o membro mais recente deste grupo que é estranho ao ponto de fazerem as cadeiras da licenciatura com o mesmo professor.  Já sabemos que eles mataram Bunny e até nos dizem como logo no início. Sendo assim, esperei que o livro descrevesse os motivos que levaram a que tal acontecesse. Mas é aí que Donna Tartt revela uma grande mestria e, com uma forma intensa de escrever, consegue surpreender-nos a cada momento.

 

a historia secreta

 

Já devem ter percebido que recomendo o livro, mas tenham atenção: é preciso estar no estado de espírito e de motivação certos para o ler, caso contrário facilmente desistem. Há alguém desse lado que já tenha lido A História Secreta? O que acharam? Foi a minha primeira experiência com a autora, mas agora estou muito curiosa para ler O Pintassilgo.

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A História Secreta by Donna Tartt

Avaliação: 8,5/10

Semelhante a: The Bell Jar by Sylvia Plath e O Pintassilgo by Donna Tartt

Qua | 28.06.17

Parabéns, Chévere!

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A minha primeira ida ao Chévere aconteceu depois de uma daquelas sextas-feiras de trabalho até tarde e lembro-me de ter sentido que não poderia ter tido um final de dia melhor. Por isso, disse logo que sim quando recebi o convite da Zomato Gold para festejar o primeiro aniversário deste restaurante. Nos dias que correm é tão raro haver bons restaurantes que sobrevivem intactos ao hype, que mantêm a sua essência e a qualidade da comida, e isso parece-me um motivo ainda mais importante para celebrar.

 

Deu-se início às “hostilidades” como se quer: o cocktail Ginja Sour deu o pontapé de partida da forma mais deliciosa possível. E depois foram chegando os pratos - uns que já fazem parte do Chévere há mais tempo e outros que vieram renovar a carta. Não podiam faltar as batatas bravas, os croquetes, os maravilhosos ovos mexidos com tomate seco e os pimentos padrón, já famosos por ali.

 

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Até que foi tempo de conhecer as novidades: as chamuças, o ceviche, a burrata (a minha favorita) e as novas tábuas - uma mais dedicada ao mar e outra aos sabores da terra. Estes são apenas alguns dos novos pratos que podem provar no Chévere, criados com o objectivo de serem divididos. Porque, sejamos honestos, há coisas que sabem muito melhor quando são partilhadas (e acompanhadas por uma maravilhosa sangria).

 

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E por falar em coisas que sabem bem: voltei deste encontro Zomato Gold um bocadinho mais feliz por ter partilhado a mesa e o tempo com o amor da minha vida, com a Raquel, a Marta e a minha querida Sara, que infelizmente não vejo tantas vezes quanto gostaria. Que venham mais celebrações assim!

Ficaram curiosos para conhecer o Chévere ou já conheciam? Recomendo-o vivamente para um jantar a dois ou com um grupo pequeno de amigos (até porque, se forem subscritores Zomato Gold, um dos pratos fica grátis!).

 

Chévere Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato

Ter | 27.06.17

Q&A #1 // Livros, viagens e muito mais

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Ao longo da semana passada pedi, através do Instagram e Twitter, que me deixassem as vossas questões sobre o que quisessem, para depois responder aqui no blog. Pois bem, vocês foram tão queridos, que o número de perguntas iria resultar num texto enorme. Por isso, resolvi gravar um vídeo onde dou todas as respostas:

 

 

Obrigada a todos os que enviaram perguntas, foi muito divertido pensar em coisas que normalmente não penso. Já sabem que a minha praia é mesmo escrever, mas espero que tenham gostado do vídeo. O que acham da ideia de organizar mais Q&A aqui pelo blog? 

Seg | 26.06.17

Brunch do Mundo: uma viagem ao continente americano

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Se eu vos disser que este fim-de-semana fui fazer brunch, de certeza que não vão estranhar porque já me conhecem e sabem o quão fã sou desta refeição. Mas se eu vos disser que fui visitar o continente americano enquanto fazia brunch, talvez vos desperte a curiosidade. Foi, aliás, assim que me senti quando ouvi falar do Brunch do Mundo: curiosa e cheia de vontade de experimentar. Mas como este brunch pretende ser diferente de todos os outros, tem datas marcadas para acontecer. Só os mais rápidos conseguem um dos dez lugares disponíveis a cada fim-de-semana.

 

O processo parece estranho, mas é bastante simples: têm de acompanhar o Brunch do Mundo pelo Facebook e/ou Instagram e esperar que sejam anunciadas as datas das próximas edições. Depois só precisam de lhes enviar um e-mail para marcar o vosso lugar. No dia anterior recebem uma mensagem com as horas, morada e custo. Só o facto de tudo ser segredo até chegarem ao local combinado já torna esta experiência completamente diferente.

 

menu-brunch-do-mundo 

 

A minha ida a este Brunch do Mundo coincidiu com a última edição inspirada no continente americano e posso dizer-vos que estava tudo maravilhoso. Aterramos primeiro no Brasil, país que nos acompanha durante toda a viagem através de um sumo de açaí, laranja e maçã. Fresco e tropical, perfeito para marcar o ritmo de todo o brunch. Daí damos um pequeno salto à Colômbia para conhecer a Sopa Ajiaco, um caldo com frango, batata e milho - o exemplo máximo de comfort food do país. Somos recebidos no Equador com um Ovo Poché com Salada Multicolor, uma verdadeira explosão de sabores. E antes de terminar os pratos salgados, não podíamos deixar de visitar o México e provar uma Quesadilha de feijão, tomate e guacamole, para mim o melhor prato de toda esta viagem.

 

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Chegamos depois à parte mais doce, mas ainda estamos longe de acabar esta nossa jornada pelo continente americano. E não seria de facto um brunch americano se não passássemos pelos Estados Unidos para nos deliciarmos com umas Panquecas com Manteiga de Amendoim, Morangos e Maple Syrup. É preciso ter estômago para o que aí vem: a Guatemala presenteia-nos com uma Granola de Milho com Creme de Abacate, Maçã e Banana. Confesso que foi a sobremesa que mais me surpreendeu, de tão cremosa e fresca que estava e pelo crocante que a granola lhe vem acrescentar. Por fim, e a acompanhar o café, ainda temos direito a uma visita-relâmpago à Argentina, onde conhecemos o Alfajor com Gelado de Baunilha. Para quem não sabe, trata-se de uma bolacha recheada com dolce de leche. Delicioso, certo?

 

E como acontece em todas as viagens, trouxe comigo um souvenir muito especial: a Granola da América que compõe um dos pratos e um teaser para o próximo brunch - a Granola de África.

 

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Não posso terminar esta minha partilha sem elogiar toda a iniciativa de criarem este Brunch do Mundo. Primeiro, pela ideia espectacular que é levar-nos numa viagem através dos sabores; e depois porque nos dá uma oportunidade de fugir à rotina e de nos sentarmos à mesa com pessoas novas, que rapidamente passamos a conhecer. Há muito tempo que não tinha uma experiência gastronómica tão boa nem era tão bem recebida num brunch. Nota-se a vontade genuína que as autoras de tudo isto têm em dar-nos a provar um bocadinho da sua paixão pela comida.

 

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Sabem como é que saí deste Brunch do Mundo? De coração cheio e com muita vontade de viajar pela América do Sul. Mas antes disso, tenho a certeza que vou voltar muito em breve para conhecer o que prepararam para o Brunch de África. E só vos posso aconselhar a virem também connosco nesta viagem.

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