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Rita da Nova

Sex | 31.03.17

"Ó Rita, como é que planeias viagens?" Assim.

Há já algum tempo que tinha prometido escrever este post. E embora tenha partilhado algumas dicas convosco através da caixa de comentários ou do Instagram, não queria deixar de partilhar alguns pontos que considero essenciais sempre que estou a preparar a minha próxima viagem. 

 

Ir // Encontrar voos

Esta é uma das partes de que mais gosto em todo o processo de planear uma viagem. Receber os bilhetes de avião no e-mail é a confirmação de que vai mesmo acontecer… e isso deixa-me sempre num estado de euforia máxima. Normalmente procuro os voos em sites agregadores, como o Skyscanner, o Google Flights ou o Momondo (prefiro os dois primeiros), mas marco sempre a viagem directamente nos sites das companhias aéreas. Ou seja, utilizo estes sites apenas para perceber que companhias aéreas voam para os destinos que quero e quais o fazem mais em conta.

A par do alojamento (já lá vamos), sugiro que marquem os bilhetes de avião com o máximo de antecedência possível ou em momentos típicos de promoções das companhias aéreas (mudança de estação, por exemplo). Costumo despachar logo esta parte, para ter a certeza que consigo as melhores tarifas possíveis.

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Descansar // Airbnb vs. Booking

Sei que não costuma ser uma escolha muito popular, mas sou fã do Booking. A ideia de que o Airbnb fica mais em conta do que a estadia num hotel já não é assim tão verdade, principalmente se valorizarem a privacidade e preferirem alugar um espaço só para vocês. A decisão Booking ou Airbnb? depende muito do vosso destino e convém fazerem sempre alguma pesquisa antes de escolher.

Porque é que gosto do Booking? Com a conta Genius têm acesso a mais descontos e oportunidades, a política de cancelamento é bastante flexível e há cada vez mais alojamentos que deixam pagar à chegada, não sendo preciso utilizar cartão de crédito.

Porque é que gosto do Airbnb? A estadia é mais autêntica e menos turística, encontram-se sempre casas com uma decoração fantástica e, como têm cozinha, conseguem poupar em algumas refeições mais caras como o pequeno-almoço e o jantar.

 

 

Começar // Good old guides

Não há nada como um guia de viagens em papel, que se pode agarrar e folhear. Bem sei que costumam estar mais desactualizados do que os sites e guias online, mas têm sempre a informação muito bem estruturada. É com estes guias que costumo ter uma melhor noção de como está organizada a cidade, das diferenças entre zonas e bairros e dos principais pontos atractivos das cidades. Não são suficientes para planear uma viagem, mas são um bom começo.

Gosto especialmente do CityPack (que trazem um mapa porreiro à prova de água) e dos DK Eyewitness Travel Guides, embora estes sejam mais caros.

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Planear // Muita pesquisa

Gosto de fazer muita pesquisa antes de viajar. O Tio Google é o meu melhor amigo nestas situações e tenho a certeza que também será o vosso. É através destas pesquisas que percebo a melhor maneira de ir do aeroporto até à cidade, o que é que está a acontecer lá nas datas da minha viagem, se há dias em que os museus são grátis, se vale a pena comprar um passe que dê acesso a monumentos ou se devo comprar bilhetes individualmente, etc. Para tentar descobrir o lado menos turístico dos destinos costumo ler o Spotted By Locals, que tem uma série de dicas dadas por locais. É excelente para descobrir os restaurantes, cafés, bares e zonas a que os turistas não costumam ir. Segundo sei, também têm uma app que vos permite levar estes conselhos e alguns mapas no telemóvel.

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Organizar // Sygic Travel

Depois de ter uma ideia daquilo que quero ver e fazer, gosto de organizar tudo por dias. Mas as cidades são todas diferentes: andar um dia em Madrid é muito diferente de andar um dia em NYC. Quando ainda não as conhecemos é torna-se mais difícil ter uma noção das distâncias e do tempo que demoramos a chegar de um ponto a outro. Encontrei uma óptima solução no Sygic Travel que, depois de escolhermos o que queremos ver em cada dia, nos sugere a melhor ordem para o fazer. Para além disso, a app mobile é muito fácil de usar e é uma forma de levarem o planeamento convosco e irem alterando se precisarem. Se ainda assim preferem papel, saibam que o Sygic Travel exporta um PDF com os vossos planos.

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Comer // Zomato & The Fork

Se por cá me habituei a utilizar muito a Zomato para encontrar novos restaurantes ou cafés, em viagem esse processo nem sempre fica tão facilitado. Para além de Portugal, há Zomato em mais 22 países, por isso pode ser que tenham sorte. Caso isso não aconteça, podem também procurar no The Fork, que também está presente na Europa e tem frequentemente descontos para quem reservar via site ou app.

Se não houver nenhum dos dois, terão mesmo que voltar ao Tio Google e pesquisar! Confesso que comer é uma das partes que mais gosto em viagem e é por isso que faço muita pesquisa e uma lista enorme de restaurantes e cafés a que quero ir. Mesmo que não sejam como eu, pesquisem pelo menos quais os pratos e iguarias típicos do sítio onde vão e não deixem de os experimentar.

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Como costumo fazer

Não costumo planear as viagens todas da mesma forma, mas habitualmente o meu processo é este:

  1. Procuro os voos mais baratos e marco-os rapidamente;
  2. Faço o mesmo com o alojamento, mas no caso de marcar para um sítio com política de cancelamento grátis continuo sempre à procura de uma oportunidade melhor;
  3. Recolho o máximo de informação possível sobre o destino (em guias, na internet e através de pessoas que já lá tenham estado);
  4. Vejo se compensa comprar com antecedência entradas e bilhetes para museus, atracções ou espectáculos que queira ver;
  5. Organizo tudo no Sygic Travel;
  6. Faço um countdown bonito no Are We There Yet, só mesmo para me lembrar todos os dias de que já não falta tudo!

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Já devem ter percebido que tenho o hábito de organizar bem as viagens e que gosto de o fazer, mas deixo espaço sempre para o imprevisto - porque as grandes memórias de viagem vêm exactamente desses momentos. Seja como for, isto são apenas dicas. O mais importante é adoptarem o estilo de viagem que mais tem a ver convosco!

Sobre que aspectos gostavam de saber mais? Têm também dicas para partilhar comigo? Contem-me tudo!

Qua | 29.03.17

Salada nossa de cada dia

O que é que nos deu, enquanto seres humanos que gostam de ir a restaurantes, para desprezar ou ignorar a parte da carta que diz “saladas”? Bem sei que as nossas mães e avós sempre nos ensinaram que não é boa ideia comer saladas fora de casa, porque nunca sabemos se os vegetais e legumes são lavados com o brio que só elas teriam. Há também quem diga que é um desperdício de tempo, dinheiro e apetite ir a um restaurante para comer saladas.

Ora, eu estou no extremo oposto de tudo isto. Quem me conhece sabe que viveria bem se apenas pudesse comer saladas e – aqui me confesso – são a primeira coisa que procuro numa ementa (depois vêm as sobremesas, claro). Para vos mostrar que as saladas podem e devem ser uma opção viável, sobretudo no tempo mais quente, decidi fazer-vos o roteiro de uma semana a comer uma salada (fora de casa) por dia.

 

 

2ª-feira // Cais da Pedra

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As segundas-feiras conseguem ser penosas, por isso nada melhor do que as saladas e a vista do Cais da Pedra para nos animar. O menu não tem muita variedade (umas quatro, no máximo), mas cada uma delas tem o seu encanto. Fresca, adocicada e leve, assim é a Salada de Morangos e Queijo de Cabra que, neste momento, é a minha favorita deste restaurante.

 

 

3ª-feira // DeliDelux

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Já que estamos pela zona, por que não fazer check-in no DeliDelux? Antes de chegarmos ao balcão ou à esplanada, o mais certo é que nos percamos no meio dos corredores da mercearia gourmet. Bem sei que o espaço é mais conhecido pelo brunch, mas o que me dizem a uma Salada de Legumes Assados, com Ras el Hanout e Queijo Chèvre? Prometo que não vão ficar com fome.

 

 

4ª-feira // Noobai

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Quem conhece o Noobai, ali no miradouro do Adamastor, sabe perfeitamente que é o sítio ideal para fugir da realidade – pelo menos durante a hora de almoço. O espaço convida a refeições leves e é ali que podem encontrar uma das melhores versões de um clássico – a Salada Grega. Esta tem dois pequenos twists: leva edamame e acompanha com um molho de framboesas que faz toda a diferença. É tudo uma questão de esperar que as obras de remodelação do café estejam terminadas, o que deve acontecer no início de Abril.

 

 

5ª-feira // Royale Café

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Chegamos a outro dos meus sítios favoritos, onde as saladas conseguem sempre surpreender. Isto porque, a cada estação temos uma carta diferente. Já ali tive a oportunidade de provar as combinações mais inesperadas, mas a mais recente é a Salada de Figos e Queijo da Ilha. Garanto que se torna ainda mais deliciosa se estiverem sentados no jardim interior.

 

 

6ª-feira // A Praça

Achavam que eu só tinha sugestões no centro da cidade? Para quem estiver pelos lados da LX Factory, vale muito a pena parar para almoçar ou jantar n’A Praça. O restaurante marca pontos só pela decoração, mas deixa-nos K.O. com a ementa. Há uns tempos introduziram uma lista bastante completa de saladas no menu, mas a minha sugestão continua a ser a Salada Caprese, cuja apresentação não deixa ninguém indiferente.

 

 

Sábado // Ilhas Gregas

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Sim, eu sei que já vos recomendei uma Salada Grega antes, mas uma viagem pela gastronomia da Grécia nunca fez mal a ninguém. Este restaurante fica bem escondido na Madragoa, mas faz-nos viajar a cada garfada. E nada melhor do que azeitonas gregas à séria na salada para o comprovar.

 

 

Domingo // Luzzo

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Chegou finalmente o último dia da semana e o nosso destino é a Pizzaria Luzzo. Prometemos que comíamos uma salada por dia durante uma semana e não é agora que vamos desistir. Não há muitas opções no menu, mas a Salada Luzza é – pelo menos para mim – a escolha nº1.

 

O que acharam deste pequeno roteiro? Há alguma salada que me recomendem?

 

Dom | 19.03.17

Visitas infinitas a Barcelona

Não fui tantas vezes a Barcelona quanto gostaria, mas a parte boa é que os voos são cada vez mais baratos e a cidade fica bastante perto. É um dos meus destinos de eleição para fugir um bocadinho à realidade, nem que seja por dois dias. Barcelona nunca cansa, não só porque há sempre coisas para ver, mas sobretudo porque tem uma magia muito própria. Ainda assim, há uma série de básicos que considero indispensáveis nas primeiras viagens a Barcelona e é sobre eles que gostava de vos falar hoje.

 

Conhecer o Barri Gòtic e El Born

Estes dois bairros são, possivelmente, os mais encantadores de Barcelona. Tenho a certeza absoluta de que uma ida não chega para lhes conhecer todos os recantos e pormenores. Uma forma de garantir que exploram o essencial e conhecem melhor a história da cidade através destes bairros é fazer uma tour grátis com os Sandeman. É um hábito que tenho de todas as vezes que viajo: como os guias apenas recebem aquilo que decidimos dar-lhes no final, esforçam-se sempre por dar uma tour completa, informativa, bem-disposta e com muito humor. A melhor parte é que, no espaço de 2 a 3 horas, ficam a conhecer o coração e a essência de Barcelona. Uma paragem quase obrigatória é a Basílica de Santa Maria del Mar. Na tour apenas passam à porta, mas vale muito a pena regressar e entrar.

 

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La Rambla, muito mais que uma rua

A Rambla é mais conhecida por ser uma rua de grande animação, com vendedores e artistas de rua. E é por isso que é um dos passeios que mais gosto de fazer em Barcelona. Comecemos pela Plaça Catalunya, já por si um local cheio de vida. Não tenham pressa, dêem algumas voltas à praça, sentem-se junto à fonte e apreciem. Depois desçam lentamente a Rambla até ao fim. A meio vão encontrar dois pontos que não podem perder: o Mercado de La Boqueria e a Plaça Reial. Gosto mais de fazer este passeio no sentido Plaça Catalunya-Porto, mas na verdade não há formas nem momentos certos para o fazer. 

 

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Gaudí em Barcelona

Barcelona é tanto de Gaudí que é impossível não encontrar traços do arquitecto por todo o lado. E é este um dos motivos que a torna tão única e inconfundível. Quem gosta de arquitectura, arte e de estética no geral vai perder-se de amores por esta cidade. Têm mesmo que ir às casas mais conhecidas (Casa Batlló e Casa Milà, mais conhecida por La Pedrera). A Casa Batlló é a minha favorita, mas são ambas maravilhosas. E o que dizer do Park Güell, que parece um sítio encantado e nos dá uma vista lindíssima da cidade? A Barcelona de Gaudì é muito mais do que apenas estas atracções, mas culmina no seu maior esplendor na Sagrada Família. Só deverá estar acabada lá para 2026-28, por isso podem ir visitá-la várias vezes para acompanhar o estado da sua construção. Garanto-vos que é um dos motivos pelos quais Barcelona parece sempre diferente a cada visita.

 

 

Lá nas alturas

E por falar em vistas, o que me dizem a subir até Montjuïc? Podem fazê-lo através do teleférico ou, se forem corajosos, a pé. Ou podem fazer ambos, até porque são experiências totalmente diferentes. Uma vez lá em cima terão uma vista espectacular sobre a cidade e podem também visitar o castelo. Pelo caminho encontram o Palau Sant Jordi e a Fundaciò Mirò - esta última recomendo vivamente para quem é fã do pintor como eu. Podem terminar ou começar a visita na monumental Plaça Espanya, dependendo do vosso trajecto. É lá que fica a conhecida fonte luminosa, por isso vale também a pena passar lá de noite, quando as luzes estão efectivamente acesas. 

Se a vossa viagem for de média duração, podem sempre subir ainda mais alto e conhecer Tibidabo, onde podem encontrar um parque de diversões, o Temple Expiatori del Sagrat Cor e uma vista brutal da cidade. Há várias formas de chegar até lá, mas eu recomendo a experiência de ir de funicular. 

 

 

Os meus sítios favoritos

Tenho dois sítios favoritos em Barcelona (o que, para esta cidade, quer apenas dizer que gosto um bocadinho mais do que dos restantes). Um deles é o Parc de la Ciutadella onde, entre outras coisas, podem visitar a Cascada Monumental, o famoso Mamute e o Castell dels Tres Dragons. Vão com tempo para apreciar tudo aquilo que o parque vos pode oferecer - e que é muito mais do que parece à primeira vista. No final, passeiem em direcção ao Arco do Triunfo, mais um monumento que adoro. Outro sítio pelo qual sou apaixonada é Barceloneta, um bairro que fica bem junto às praias e é muito característico. De ruas pequenas, o facto de ser a dois passos do mar dá-lhe um grande encanto. Se forem no Verão não podem deixar de dar um salto à praia!

 

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E comida, não?

A comida catalã é muito boa e de certeza que sobrevivem (e bem) toda a viagem a comer apenas pan con tomate, escalivada, cocas, calamares, patatas bravas e crema catalana. Ainda assim, gostava de vos falar de dois sítios que conheci na minha última viagem a Barcelona, assim mais para o saudáveis, e que recomendo vivamente. O The Blueproject Café serve essencialmente comida vegan, vegetariana e raw, e é perfeito para quem segue estes estilos de alimentação ou simplesmente aprecia e quer experimentar. Fica ali bem perto do Parc de la Ciutadella, por isso podem almoçar lá depois de um passeio pelo parque. Se gostam de brunch então vão adorar a minha segunda sugestão, o Trópico. Promete uma viagem ao mundo através dos sabores dos trópicos e cumpre mesmo. Experimentem as arepas, as panquecas e os sumos e smoothies, feitos com as frutas mais exóticas que podem imaginar. A parte boa é que podem fazer reserva através do site e recomendo que o façam, pois enche bastante ao fim-de-semana. 

 

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E vocês, que sítios consideram imperdíveis em Barcelona? Resta também dizer que este post veio no seguimento de alguns pedidos de dicas para conhecer esta cidade, por isso não hesitem em sugerir temas aqui no blog, através do Instagram ou por email (que podem encontrar no meu perfil).